Monday, June 22, 2009

Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, começou falando de financiamento de campanha e, depois, sobre um monte de outros assuntos que têm relação indireta ou nenhuma com o tema proposto... seguem frases:

"Querem proibir as empresas que financiam o caixa 2 de doar para o caixa 1"

"E se for financiamento público exclusivo, como se distribui a grana? Por isso que veio a história da lista... que acaba só beneficiando quem já está na política e os líderes partidários"

" A Reforma política não trata do problema central que é o de representação política no Brasil"

"Interesse deles [parlamentares em exercício do mandato]: grana de campanha e se manterem nos seus cargos"

"Não é uma reforma que importa para nós, eleitores"

"O presidente nomeia 30 mil pessoas, direta ou indiretamente, e o Estado de São Paulo, 20 mil. Porque um politico quer uma subprefeitura, a diretoria do INSS, pra quê? A resposta está no número de casos de corrupção no país: 3,7 novos casos de corrupção são noticiados POR DIA no Brasil"

"As relações entre Executivo e Legislativo no país - e vice-versa - é uma relação de achaque pelas verbas de contingência a que o primeiro tem direito"

Horário eleitoral nada gratutio: custou R$ 242 mi só em 2008!

Financiamento não é equitativo entre os partidos. Cristaliza desigualdade entre eleitores e entre partidos. O financiamento público pretende ser solução para ambos os problemas. Mas não é, diz Marcelo Barroso Lacombe. "Há outras ferramentas muito mais eficientes para combater isso e, inclusive, a corrupção". Na Europa, com excessão da Holanda - não sabia disso! -, que recebe muito recurso privado de indivíduos, o financiamento público é que compõe a maior parte das receitas dos partidos políticos. Alemanha, França... mas isso não foi sinônimo de erradicação da corrupção.

Na América Latina, nenhum país tem financiamento público exclusivo. No Brasil, uma parte da campanha, como já lembrei antes, é financiada por dinheiro pública - é o caso, por exemplo, do horário eleitoral na televisão e no rádio. Só que esse horário eleitoral não é nada gratuito: só em 2008, Lacombe disse que custou R$ 242 milhões em isenção fiscal para transmissão da propaganda partidária. Nos últimos sete anos, são R$ 2 bilhões, sem contar a inflação.

Pergunto eu: além disso, ainda querem um fundo de R$ 7,00 por eleitor a cada nova eleição? Me poupe... e poupem os cofres públicos!

"Sempre haverá interesses privados nas eleições"

Alfredo Englert, ex-presidente do TRE, me parece estar fazendo uma análise bastante coerente: melhor do que financiar campanhas exclusivamente com dinheiro público - que "não será a solução para todas as mazelas" -, é saber exatamente QUEM financia os candidatos.

Sempre haverá interesses privados nas eleições, disse o desembargador, e frisou, "sempre haverá". "As doações são legais, e não vejo nenhum problema em pessoas doarem desde que saibamos quem doou. Com o financiamento público, o financiamento privado vai continuar - e vai piorar!" Ou seja, com o financiamento público o candidato vai ter mais dinheiro garantido - o que virá do governo - e o caixa 2 vai inchar um tantão.

Mais fácil, ao meu ver, é fazer como nos EUA. Praticamente todo recurso é privado e qualquer cidadão, inclusive com cartão de crédito e pela internet, pode fazer doações ao candidato ou partido de sua preferência.

Ciclo de Debates sobre Reforma Política


A Camara Municipal de Porto Alegre está promovendo um ciclo de debates sobre reforma política, um dos meus temas favoritos (a programação completa você encontra aqui).

Começa com o presidente da Camara, vereador Sebastião Melo (PMDB), falando uma grande verdade: "reduzir a discussão apenas à lista ou ao financiamento público é esvaziar o debate, já que hoje em dia já se vota em lista - não existe candidato avulso - e o financiamento de campanha já é público para quem tem mandato". Para quem não tem também, aliás, já que o horário eleitoral gratuito de gratuito não tem nada e há, ainda, o Fundo Partidário.

Hoje o tema é financiamento de campanha. Vamos ver o que dizem Alfrdo Englert (ex-presidente do TRE), Marcelo Barroso Lacombe (Consultor legislativo da Câmara dos Deputados) e Claudio Weber Abramo (Diretor-Executivo da ONG transparência Brasil).

Thursday, June 4, 2009

Discurso de Graduação

Tive a alegria e a honra de ser o orador da classe 2009 do programa de Liderança Global da Georgetown University. O discurso, em espanhol, tratou sobre o apropriado tempo, espaço, motivação e oportunidade para "darle la vuelta a Iberoamérica", outra forma de dizer que queremos mudar muita coisa na nossa região. Agora, faltam poucos dias para a volta ao Brasil. Apresentamos nosso projeto final, que será tema de post no blog em breve. O discurso está em duas partes.


----------------------

Discurso a la clase de 2009 del Programa de Competitividad e Liderazgo Global promovido por el Latin American Board de Georgetown University.
Orador: Marcel van Hattem, de Brasil

Washington, DC, 2 de junio de 2009

El tiempo, espacio, motivación y oportunidad para empezar a darle la vuelta a Iberoamérica

Queridos amigos y queridas amigas,

En estos últimos días, escuché muy atentamente sus opiniones sobre qué querían oir en este día tan especial, y la respuesta fue unánime: queremos un discurso desde el Corazon, lleno de emoción, el cual refleje todo lo que hemos vivido juntos en este período aqua en Washington. Sin embargo, me encantaría hacerles una pregunta en este momento: pasión, emoción, podría ser diferente?

Este grupo representa lo que realmente es Iberoamérica, aquello que somos, aquello que nuestra gente es: gente que ama la vida y que es amada por la vida. Gente que le coloca en todo lo que hace un sabor especial, un toque que solo nosotros, iberoamericanos, sabemos dar. Personas que damos color a los colores, emoción a la emoción, pasión a la pasión, personas que dan vida a la misma vida!

Cuando llegamos a Washington, cuatro meses atrás, decíamos que eramos líderes del futuro, future leaders, nos llamabamos entre nosotros mismos. Usábamos este término con un aire bastante irreal, casi hasta con humor. Sin embargo, con el paso del tiempo, en las clases, en todas las vistias que hicimos, los contratiempos y los pasatiempo, toda la conviencia per se, los "future leaders" evolucionaron a los "global leaders", a estos lideres globales que esta tarde se gradúan.

Los proyectos institucionales, sociales, empresariales y politicos que se presentaron al Latin American Board, mostraron cada uno de ellos, repito cada uno de ellos, que estamos en condiciones de ser ahora e ya, líderes en nuestros países, líderes iberoamericanos, y sobre todo, líderes de nuestras comunidades. De "future leaders" a "global leaders", somos líderes capaces de darle la vuelta a Iberoamérica.

Lo curioso es que para llegar a este día y a esta convicción de que somos líderes, líderes capaces de darle la vuelta a iberoamérica, mucho ha pasado. Y es precisamente este proceso el que quiero recordar brevemente en este momento en que uds. me han concedido el honor de hablar en nuestra graduación, oportunidad que les agradezco con la más profunda sinceridad. Nunca antes fui orador, y debo decir que me siento halagado de poder hacerlo con el grupo nás destacado con el que jamás me encontré y en una de las universidades más prestigiosas del mundo entero. Después de todo, de verdad que somos Hoyas, no? Muchas gracias por la confianza.

Este grupo es total y extremadamente especial. No hay ni un solo miembro del que se pueda decir "este no hace la diferencia". Y es esa característica que hace de este grupo uno tan particular. La convivencia, iniciada en el mes de febrero, fue um factor absolutamente decisivo. Dimos honra al activity room de Oakwood, y desde el primer momento, tuvimos actividades de grupo tales como profesores y expertos dando charlas, así como las exposiciones de país. Con esto, ayudamos a complementar este curso, curso nuestro al final como dice el Prof. Ricardo Ernst. Y qué manera de hacerlo nuestro!

Durante estos cuatro meses vivimos un sueño hecho realidad, con todas las condiciones necesarias para que esta transformación se diera: tiempo, espacio, motivación y oportunidad.

El tiempo, de crisis económica, el cual siempre viene acompañado por una crisis política, como nos enseñó José María Aznar, se unió al espacio, Washington DC y aún de manera más específica, a la Universidad de Georgetown, de tal manera que hubiese sido inimaginable replicar esta experiencia en nuestras mentes. Hablando de tiempo y espacio, hay que recalcar que el espacio mismo albergó al Presidente Barack Obama quien dijo que llegará el momento en el que Wall Street dará lugar a Main Street y en el que Washington tendrá que tomar decisiones mayores, haciendo así del tiempo épico para este grupo.

La motivación de darle la vuelta a Iberoamérica, que día trás día ha sido abusada por el populismo caudillista que atrasava su desarrollo económico, político y social, se unió a la oportunidad que nos fue dada de entender mejor a nuestros países desde un ángulo externo y de resaltar la importancia de poseer valores básicos y fundamentales que nos unan y que nos lleven a un desarrollo sustentable y a una mayor competitividad. Si antes los valorizabamos inconscientemente antes de venir, regresamos convencidos de que ciertos derechos no se negocian y que defenderlos en nuestros países vale de verdad la pena, para nuestro bienestar y para el de futuras generaciones.

En virtud del tiempo, espacio, motivación y oportunidad, pudimos escuchar frases que llevaremos con nosotros para siempre. Escuchamos frases de todos los asuntos, de todo tipo de autoridad académica, política y empresarial. Y cada una de ellas, seguramente impactó de una forma particular nuestras vidas y ya las ha transformado en acciones que vamos a emprender cuando regresemos.

Nuestro curso, nuestro!, tiene entonces una característica que se destaca sobre todoas las demás, y que por apreciación personal, dejé para el final de mi discurso: la oportunidad única de aprender el uno con el otro lo que es liderazgo. Aprendi con ustedes mucho más de lo que podría esperar aprender en cualquier clase del mundo, y eso que estamos en Georgetown!. Aprendí con ustedes más de lo que hubiera aprendido con cualquier autoridad de este planeta, y eso que estamos en Washington! No es ejercicio de retórica, ni simple oratorio. Se trata en el hecho de constatar el hecho de que todos tenemos potencial y capacidad crítica suficiente para estar de acuerdo, no estarlo y hacer una diferencia de aquello.

Podemos no tener el conocimiento de un académico de Georgetown o el poder del presidente de Estados Unidos. Todavía! Sin embargo, poseemos la condición de buscar mediante todas las oportunidades e herramientas que nos han sido concedidades de ser protagonistas del cambio, de ser el motor que le de la vuelta a Iberoamerica.

Muchos recuerdos maravillosos también van a quedarse en nuestra experiencia. El campus de Georgetown, la biblioteca, el activity room, la loma....., los monumentos, los museos... y qué cantidad de museos!!!! el rugby, el point, el temple, el fútbol, Patrick, los mails del grupo (1000 al día?), las parrilladas, los paseos, las visitas a institutos, safeway y cvs, sweetgreen, la gocard, o'Donnovan's, waterfront, el calor de Riverside.... “tira uma foto!”

Quisieramos empezar los agradecimientos a Dios, por la oportunidad que nos dio de esta aqui y ya tambien decirle a ustedes, como un consejo personal, que siempre nos acordemos que nosotros somos todos iguales bajo los ojos de dios, independiente de que cargos ocupemos, independiente de donde llegarmos.

Quisieramos hacer un agradecimiento a nuestros sponsors, al Latin American Boards, que nos han dado las alas para vivir al máximo esta oportunidad. Agradezco personalmente al Sr. William Ling, que seleccionó a los brasileños gauchos, y así mismo a todos los sponsors respectivos, que creen en la valía de la juventud de nuestros países y que no solo dicen, sino que con sus acciones, están ayudando para que nuestros países caminen hacia adelante y sean más competitivos. Nuestra más profunda admiración y respeto por esas personas que nos han demostrado lo que es el liderazgo y lo que es compromiso con sus países y la región.

A Ricardo Ernst, alma del programa, que con su inspiración y motivación, inspira y motiva a todos para que sigamos con los proyectos que tenemos en mente. Eres el ejemplo de compromiso que tenemos que mirar, ya que desde USA vives y sigues apasionado por una regioón que, infelizmente, pierde importancia global año a año. Quédate tranquilo, vamos y estamos haciendo una diferencia!

A Diane Cabrera, por estar constantemente a nuestro lado, acompañandonos y sirviendo como el link entre Georgetown y nosotros, gracias por la atención. Gracias por darle un rostro humano a este programa.

A nuestras familias – novias, padres, hermanos, hermanas – que de lejos nos apoyan mucho en todo aunque nos extrañen mucho. Y cabe aquí un saludo especial a nuestro compañero Raul Strauss, de Bolívia, que sirve de ejemplo vivo de que la família viene antes que todo, teniendo que dejar el programa para acompañar el embarazo complicado de su esposa – que, gracias a Diós, hoy está bien.

Y a ustedes, mis amigos y mis amigas, que son la gente más admirable que he conocido en mi vida, les deseo todo de mejor en sus vidas – que no son solo la vida de ustedes, sino que la comparten ahora con todos nosotros. Yo lo pude sentir desde que llegué y aún más con lo que pasó con mi mamá el día sábado y con el apoyo que obtuve de todos. Me emocionó esto y, estoy seguro, las oraciones y mensajes de ustedes estan siendo fundamentales para su recuperación.

Me atrevo a usar un ejemplo tan personal, ya que al fin y al cabo, es la persona que está en cada uno de nosotros que importa. Y es por eso que aprecio a cada uno y a cada una de ustedes. Ustedes son gente decidida, gente apasionada, gente amiga. Gente que ama a la gente. Y este grupo ha sido tan unido en ese aspecto, y tan unido en si mismo para apoyarse y buscar el bien para los otros, que ya tenemos dos fechas tentativas para reunirnos – una en Panamá, en octubre, y otra en Brasil, probablemente en Junio. Ustedes son fenomenales... Nunca cambien!

Esto es lo que me llevo del programa: el tiempo, espacio, motivación y oportunidad adecuados para entrelazar a nuestra región.

Como me dijo un amigo "Los momentos mágicos son muy raros. Hay que beneficiarse de ellos sabiamente". Creo firmemente que todos nos hemos beneficiado de la magia que hemos compartido, y sabiamente debemos seguir creando nexos para esparcirla por toda la región.

Um abraço,

Muito obrigado.