Monday, December 27, 2010

As 6 lições de von Mises

Inspirado pelo post que escrevi ontem sobre Ron Paul, retirei da minha prateleira  a reedição para o XXIII Fórum da Liberdade (2010) das 6 Lições de Ludwig von Mises. Maior expoente da Escola Austríaca de Economia, em 1959 von Mises fora à Argentina para dar 6 palestras na Universidade de Buenos Aires apenas alguns meses após Perón ter deixado a presidência - e o país.

O evento abarratou o auditório e duas salas contíguas da instituição de estudantes ávidos por ouvir sobre liberdade de mercado e liberdade individual - temas praticamente tabus na Argentina da época.

Já com mais de 50 anos, o pequeno livro tem ensinamentos de uma atualidade incrível - confesso que lamentei não tê-lo lido antes. Na realidade, a forma simples e direta como trata sobre o funcionamento da economia deveria torná-lo, desde já, leitura obrigatória para todos os que gostam de palpitar sobre o funcionamento de mercados ou que conceituam ao seu próprio gosto os sistemas capitalista ou socialista - temas das duas primeiras palestras da obra, que tem apenas 102 páginas. As demais lições tratam sobre o intervencionismo, a inflação, o investimento externo e, finalmente, política e ideias.

Deve-se à esposa de von Mises, Margit, a edição e organização das palestras em textos transcritos e fluidos. Recomendo fortemente. Pessoalmente, depois de ler a obra, tive a impressão de que sua centena de páginas equivalem, em volume de informação útil sobre o funcionamento da economia, a mais do que metade de todas as milhares de páginas sobre economia reunidas que li na faculdade. O essencial, o realmente importante, está contido nestas seis lições.

Aqui neste blog, postarei seis artigos e seis resumos, um sobre cada uma das lições de von Mises. À excessão do último capítulo do livro, pelo qual iniciarei a série escrevendo um artigo e publicando o respectivo resumo, minhas opiniões e resumos acerca das demais lições virão aqui na mesma ordem em que constam no livro.

Por fim, nunca é demais saudar a iniciativa do IEE em ter reeditado o livro e distribuído, junto com o Instituto Mises Brasil, para todos os participantes do Fórum da Liberdade deste ano.

Boa leitura!

Sunday, December 26, 2010

Financiamento público de campanha: golpe às liberdades política e de expressão

Preciso escrever sobre o assunto. Vou ser breve, espero.

Um dos maiores golpes às liberdades individuais de expressão e política está sendo discutido a plena luz do dia e com o respaldo de centenas - sim, talvez até milhares - de ditos especialistas no assunto "reforma política". Acho que tais pessoas não estão se dando conta das implicações da ideia, mas vou tentar aqui abrir seus olhos: o financiamento exclusivamente público de campanhas é um atentado, uma afronta e uma limitação quase total às liberdades de expressão e política do cidadão comum durante o período eleitoral.

O assunto financiamento público de campanha exclusivo - que, aliás, não existe em NENHUM lugar do mundo da forma como está sendo proposto pelo PT (basta ver recentes declarações dos principais manda-chuvas do partido) - começou a receber apoio de verdade quando eclodiu o escândalo do Mensalão. A compra de parlamentares no Congresso Nacional logo viraria - para os delinquentes que instituíram tal prática, lógico - apenas um "esquema oriundo de caixa dois", ou mais eufemisticamente ainda, de "recursos não-contabilizados". Tal esquema, tendo sido identificado como a razão por trás de todo o escândalo, deveria ser severamente rechaçado e meios legais para evitar de toda forma a instituição de caixas dois em campanhas não poderiam esperar pois a sociedade clamava por respostas da classe política que evitassem novos valeriodutos e malas cheias de dinheiro. Solução mágica: se o dinheiro era privado, acabe-se com o dinheiro privado - institua-se pois o financiamento público de campanha. Exclusivo. Nada de dinheiro privado, nem um centavo.

Não é mais Natal, já é 26 de dezembro. Posso com tranquilidade dizer que não acredito em Papai Noel. Nem, muito menos, de verdade muito menos, que chegará o dia em que uma campanha eleitoral não terá um centavo de dinheiro privado. É mais provável que Papai Noel exista e desça a chaminé aqui de casa já em 2011 do que eleição no Brasil um dia chegar a não contar com dinheiro privado, mesmo que o financiamento exclusivamente público esteja em vigor durante, digamos, um século inteiro.

Na verdade, o financiamento público de campanha não termina com o caixa dois. Ele elimina, isso sim, o caixa um, tornando todas as transações financeiras privadas do indivíduo que se candidata automaticamente ilícitas, ilegais. Todas. Inclusive o refrigerante e o pastel que ele consumir em um posto de gasolina com seu próprio dinheiro em um roteiro de campanha pelo interior do Estado. Ou o telefone particular que ele utilizar para agendar encontros com lideranças ou para pedir voto para algum parente mais distante.

Além disso, a utilização dos recursos públicos por parte dos partidos, muitas vezes comandados por caciques, poderá ser totalmente duvidosa e, se hoje a fiscalização sobre os partidos já é dificultosa, imagine se o montante de dinheiro disponível for ainda maior do que o que hoje está à disposição deles. As campanhas, no país, aliás, já são em grande parte pagas com dinheiro público: o fundo partidário e o horário eleitoral "gratuito" estão entre os maiores custos de uma campanha - e, ao meu ver, nem deveriam existir (em especial o segundo, aberração tipicamente brasileira).

O mais absurdo, porém, da proposta de financiamento de campanha exclusivamente público é o tolhimento total da liberdade do indivíduo de expressar seu apoio ao seu candidato com recursos financeiros. Nem por pessoa física, nem por meio de sua empresa: o cidadão só poderá expressar sua opção por meio do voto no dia da eleição, não com o oferecimento dos meios necessários para que seu candidato chegue a se eleger. Sob o ponto de vista das liberdades individuais é um disparate. A liberdade de expressão, garantida pela Constituição, sofre aqui uma decepação total. E as liberdades políticas também, pois elas não se restringem apenas ao político que concorre, mas devem estender-se também a todos os cidadãos que votam, permitindo a eles que apoiem seus candidatos e demonstrem isso da forma como melhor lhes convierem.

Em resumo, o financiamento público de campanha fará:

1. apenas com que os partidos se isolem mais da sociedade, que interferirá no processo de forma ainda menos decisiva do que hoje, já bastante limitada;

2. que o contribuinte veja ainda mais dinheiro público sendo utilizado para financiar um sistema corrupto e altamente ineficiente;

3. com que o caixa dois, aquele que supostamente foi o grande motivador de toda a discussão em torno do financiamento público, veja sua importância crescer em gênero, número e grau nas contabilidades paralelas de candidatos e de partidos políticos.



Post scriptum.: não abordei de propósito a interferência do poder econômico, que é utilizada também como motivo para o extermínio do financiamento privado. Da forma como os próprios governos financiam as campanhas e seus candidatos, seja com as verbas oficiais para mídia, seja com ultrajante desvio de recursos públicos, é até covardia com as empresas falar em abuso do poder econômico. O que há hoje, de fato, é um abuso do poder POLÍTICO nas eleições, inclusive sobre o poder econômico, que é obrigado a apoiar os candidatos indicados pelos detentores de mandatos. Já as empresas que querem doar legalmente, encontram entraves e se desestimulam a fazê-lo oficialmente porque sabem que, logo logo, estarão elas entrando no círculo vicioso que se transformou o negócio chamado "campanha eleitoral" no Brasil, business operado pelos partidos políticos e, principalmente, pelos governos. Quer algo que seja mais "financiamento público" do que isso?

Saturday, December 25, 2010

Ron Paul, velho novo líder

O deputado republicano Ron Paul é certamente o mais radical congressista norte-americano quando se fala em liberalismo e em estado mínimo. O texano, obstetra de profissão, é deputado desde 1977. Desde então, não foram raras as ocasiões em que se viu só ao votar contra determinados projetos de lei a que se opunha, cravando 1 voto contrário no placar de 434 favoráveis. Sua obstinação fez com que se tornasse conhecido no meio político como Dr. No (Dr. Não) - sua esposa, porém, diz que na realidade os seus opositores soletram errado o apelido: o correto seria Dr. Know (algo como Dr. Sabe-tudo).

Trinta anos após sua entrada na política, Paul experimenta a fase mais promissora de sua carreira. Concorreu nas primárias passadas pela indicação do Partido Republicano à presidência (vencida por John McCain), o que deu visibilidade nacional ao seu nome, e foi escolhido recentemente por seus colegas republicanos como presidente do subcomitê de política monetária nacional do Congresso, além de ver agora seu filho Rand eleger-se senador pelo Kentucky. Em posição de destaque nacional, é também um dos líderes do Tea Party, principal movimento conservador norte-americano de oposição ao governo Obama e que surgiu na esteira da indignação de grandes setores da população do país contra os pacotes econômicos do governo.

Li há pouco entrevista com Paul feita por Ni-Hai Tseng, da revista Fortune, e cuja tradução em português está publicada no site do Instituto Mises Brasil. Ali, Paul defende talvez a tese mais controversa de toda a sua carreira: a extinção do FED, Banco Central Americano, e a volta ao padrão-ouro. Em época de crise cambial em todo o mundo e, em especial, da decisão do FED de inundar o mercado com US$ 600 bilhões de dólares, não surpreende que as ideias de Paul estejam sendo ouvidas. Ele próprio, porém, admite que se fosse presidente, não acabaria de vez com o FED, mas criaria uma espécie de "período de transição". De qualquer maneira, é interessante que, por mais que seja tratado como louco por muitos de seus colegas de partido, inclusive, a situação lhe é favorável, e uma nova tentativa de participar das primárias republicanas à Casa Branca já passa dos 50%, segundo ele próprio.

Não se pode prever, hoje, qual seria seu apoio em uma eventual candidatura - sobretudo porque, da vez passada, o movimento do Tea Party sequer existia. O fato concreto, porém, é que as ideias de Mises e da Escola Austríaca que Ron Paul defende estão encontrando um inesperado eco na sociedade - e o interesse na trajetória do texano só aumenta à medida que o governo Obama vai passando e suas políticas econômicas vão cada vez mais perdendo respaldo da sociedade. Velho líder dos libertários norte-americanos, novo líder dos conservadores, Ron Paul pode dar aos americanos ao menos uma certeza: se suas ideias não encontrarem respaldo no Congresso, mesmo assim aparecerá no placar um voto a seu favor.

Leia mais sobre Ron Paul na recente matéria, em inglês, do New York Times de 12 de dezembro.

Fernando Schüller, a educação pública e o direito administrativo brasileiro

A educação básica no Brasil vai mal. A educação básica pública no país, nem se fala. Fernando Schüller, secretário da Justiça e do Trabalho aqui do Rio Grande do Sul, aponta de forma clara e um tanto quanto como desabafo, o porquê da disparidade na qualidade entre o ensino público e o oferecido por instituições privadas. O exemplo dado por ele, excelente, é revelador: o mesmo professor que dá aulas em uma escola pública tem rendimento muito diferente quando, em outro turno do mesmo dia, leciona em um colégio particular - as razões elencadas por Schüller podem se resumir à estabilidade de que o professor goza como concursado na instituição pública e a incerteza de sua permanência na folha da escola particular se ele não seguir à risca aquilo que a direção espera dele.

Da mesma forma, antes de entrar na questão da educação, Schüller trata sobre as orquestras sinfônicas no Brasil. As instituições estatais que estão sendo substituídas por privadas (OSCIPS, por exemplo), têm se destacado nacionalmente e transformado o "músico servidor público" em espécie em extinção. O mais interessante dessa discussão toda é que muitos não querem abrir os olhos para ela - e os políticos, de forma geral, têm medo de encarar de frente o problema. Enfrentar sindicatos, poderosos aparelhos nas mãos de militantes que muitas vezes não conseguem ser domesticados nem pelos partidos que supostamente representam, é uma tarefa das mais ingratas e de difícil execução. O próprio presidente Lula, oriundo das bases sindicais e que sempre se orgulha de ter proximidade deles, nada fez em seu governo que possa ser usado como exemplo de político que logrou alguma reforma mais significativa a que algum sindicato se opusesse.

A instituição de OSCIPS na área cultural, por sua vez, antes de ser a solução perfeita, é um drible no direito administrativo nacional (como bem diz Schüller, consolidado em seus mais profundos equívocos pela Constituição de 1988) e uma forma de tentar o máximo possível manter os investimentos públicos em cultura com o foco em eficiência, qualidade e profissionalismo. Na educação, porém, o caminho será mais longo. Levando em consideração os exemplos já dados no passado pelo partido que assume os governos brasileiro e gaúcho agora em 2011 e o próprio desconhecimento dos ditos "especialistas" quanto à real dimensão do problema (também apontado por Schüller), não tenho esperança nenhuma de que mudanças significativas aconteçam. Mesmo no longo prazo. 

Política na área de educação não pode ser resumida à capacitação de professores, a equipar escolas públicas ou,muito menos, a instituir a aprovação automática nas séries iniciais, como também vem sendo ventilado. A melhora no sistema educacional só pode começar se for por uma profunda reforma administrativa, com princípios meritocráticos para promoções, a avaliação de desempenho constante do servidor público e a própria discussão de temas que pela esmagadora maioria dos políticos são considerados tabus, como a estabilidade e os direitos adquiridos.

Assista o vídeo da manifestação de Fernando Schüller no 6º Colóquio do Instituto Millenium de 8 de dezembro passado, sobre Cultura, Mercado e Liberdade de Expressão:


Wednesday, November 24, 2010

Absurdos nas eleições para o DCE da UFRGS

Eu estava fora do processo eleitoral para o DCE da UFRGS. Licenciado da diretoria da entidade desde que decidi candidatar-me a deputado estadual nas últimas eleições, preferi não retornar à gestão para cuidar dos temas da pós-campanha e de meus assuntos pessoais. Pela primeira vez em oito anos, permiti-me um tempo para "pensar na vida" fora de qualquer atividade de representação.

No domingo, porém, telefonou-me o presidente do DCE, Renan Artur Pretto, para comentar acerca da situação em que se encontravam as eleições. Alarmei-me com os aparentes disparates contados, que envolviam inclusive a reitoria da Universidade através de sua Secretaria de Assistência Estudantil, em um iminente processo de fraude eleitoral. Segundo Renan, os membros da Comissão Eleitoral oficial (sim, havia duas!), estavam perdendo o controle total dos rumos da eleição.

Após muito refletir se deveria mais uma vez envolver-me em tal disputa, decidi que entraria em campo ainda desta vez. A frustração com o que vi até a tarde de hoje foi imensa, e este post é uma

DENÚNCIA.

Edilson Nabarro, Secretário de Assistência Estudantil, é o responsável pela fraude histórica que a comunidade discente da UFRGS está assistindo neste exato momento. Secretário de Assistência Estudantil, filiado ao PT, Edilson foi designado pela reitoria para ser o "gestor" das eleições, que estão sendo realizadas desde segunda-feira em terminais eletrônicos (computadores). Para acionar a urna, é necessária a utilização de uma senha, previamente criada pelo Centro de Processamento de Dados da UFRGS, a ser inserida por um membro da comissão eleitoral no sistema.

Na segunda-feira pela manhã, quando os membros da Comissão Eleitoral chegaram ao CPD para receberem as senhas, elas lhes foram negadas pelo Sr. Edilson. Pior do que isso, é saber que elas foram disponibilizadas para ex-membros da Comissão Eleitoral vinculados à chapa 3, que haviam sido expulsos da Comissão Eleitoral por terem falsificado atas passadas. Há um vídeo na Internet em que Bernadete Menezes, presidente da ASSUFRGS e filiada ao PSol (foi candidata ao Senado aqui no RS), declara apoio à chapa 3 e diz que está "tudo certo" para as eleições após ter tido conversa com o Sr. Edilson.

Vendo que a situação saiu do seu controle totalmente, pois o mínimo era que a Comissão Eleitoral tivesse acesso a senhas para a abertura de urnas, ela acabou pedindo a suspensão do pleito, ontem à tarde.

Até agora a UFRGS não se pronunciou, apesar do caráter emergencial do pedido de suspensão - e o qual ela deveria apenas cumprir, imediatamente.

Eu estou cada vez mais chocado com o que está ocorrendo nesta que é a mais importante Universidade do Sul do país, e vou tornar uma cruzada pessoal minha o restabelecimento da Verdade e da Justiça neste processo, que está desmoralizando a instituição UFRGS e, mais uma vez, transformando as eleições para o DCE em uma gincana.

Em breve posto mais.

Thursday, November 18, 2010

Repercussão do alerta e outras observações

Meu artigo de ontem no Blog repercutiu em todo o Estado. Pelo Twitter, nos comentários no meu blog, no meu email, nos comentários à entrevista que concedi ao Políbio Braga demonstram que a possibilidade de o PP entrar no governo Tarso (PT) é rechaçada pela GRANDE maioria dos progressistas - e pela totalidade do eleitorado conservador gaúcho, defensor do Estado Democrático de Direito, da Democracia e das Liberdades Individuais.

Em relação ao que escrevi, gostaria de acrescentar ainda que foi resumida a lista das lideranças do PP que citei como inspiradoras para a minha entrada na política. Não poderia, porém, ter deixado de citar o escritor Percival Puggina, cujos textos me inspiraram muitíssimo e continuam inspirando. As lideranças locais do meu Partido, em Dois Irmãos, que também não se dobram ao PT, que hoje lamentavelmente comanda a prefeitura municipal, e o deputado estadual João Fischer, em quem dei meu primeiro voto para deputado estadual, também foram importantes na decisão de filiar-me ao PP.

Mesmo assim, o artigo já estava muito longo, e não caberia ali citar aqueles que continuam dando força para seguir militando no PP: Renato Molling, Francisco Turra, toda a juventude progressista, agora também Ana Amélia Lemos, e por aí vai.

Eu repito, porém, meu alerta - agora, ao PP nacional. Nosso partido está sem identidade, sem rumo. E isso desmotiva a militância. O PP tem que reunir seu diretório nacional, creio que o que ocorreu no RS pode se repetir, e é por isso mesmo que o Diretório não tem se reunido. Se aparecer um ou dois líderes capazes de demonstrar que o caminho para o PP é reafirmar seus princípios, creio que o próprio Diretório é capaz de determinar o fim ao apoio ao Governo Lula e à futura presidente Dilma, do PT.

Wednesday, November 17, 2010

Um alerta indignado contra a vergonhosa possibilidade de Aliança PP-PT no RS

Venho acompanhando, com muita preocupação e indignação, as notícias que, diariamente, têm saído na imprensa estadual gaúcha a respeito de uma possível aproximação entre o PP e o PT. A finalidade seria a montagem de um governo de coalizão ampla para que Tarso Genro possa governar com o apoio também dos nossos correligionários na Assembleia Legislativa.

Estou preocupado com tais tratativas, que ocorrem a boca pequena da parte dos nossos líderes, mas é alardeada pelo PT aos quatro ventos pela imprensa, porque elas demonstram a falta de compromisso reiterada do Partido dos Trabalhadores com a democracia. O PT não quer aliados para governar ou para construir um projeto político - quer subordinados, e para isso, lança mão das mais fisiológicas e interesseiras estratégias como o oferecimento de cargos no governo a progressistas, que claramente não tem afinidade ideológica com o projeto petista de poder. 


Esta última observação leva-me a falar da minha indignação: filiei-me ao Partido Progressista, do Senador Hugo Mardini, que repetia na TV o bordão "chega de PT", ao PP das campanhas eleitorais de Celso Bernardi, que atacavam as invasões do MST sem meias palavras, do PP da oposição ao pior governo que este Estado já teve, não por acaso também do PT, de Olívio Dutra. Desde que me filiei ao Partido, em 2003, quando o via como alternativa séria de oposição ao governo Lula, a sucessão de dissabores com nossa legenda nacional foi homérica: aliança nacional com o PT depois de ter apoiado Serra para a presidência em 2002; conquista de um Ministério na Esplanada em troca de mais cargos; e, finalmente, apoio nacional à candidata oficial à presidência da República, Dilma Roussef, que enfrentou com armas o regime militar não para combater a ditadura, mas para defender a implantação de outra ditadura, de esquerda, em nosso país.


O PP do Rio Grande do Sul sempre demonstrou continuar afinado com a ideologia e princípios partidários, conservadores e de centro-direita, e tratou sempre o PT como oposição, apesar de a recíproca não ser verdadeira. Ou nos esquecemos que o PT sempre nos tratou na Assembleia não como adversários mas como inimigos a serem exterminados, destruídos, eliminados. Agora que o país ingressa em uma fase nova e obscura da sua história, incerta, com a hegemonia de um Partido no poder que tem vocação para medidas totalitárias (preciso citar os exemplos das tentativas de censura à imprensa, da proteção aos companheiros corruptos e o PNDH-3 para me fazer mais claro?), é o momento para o PP retomar suas bandeiras e defender com todo seu vigor a democracia e a liberdade em nosso país. Este movimento pode, inclusive, começar pelo Sul.

Constrange-me, porém, como filiado e liderança do Partido, ver a atitude vergonhosa, fisiológica e carguista de alguns companheiros. Se a opção é pelo pragmatismo, que sejamos claros: o PP não fará mais Política, (com P maiúsculo mesmo). O PP do RS, se ingressar no governo Tarso, pode estar fazendo qualquer outra coisa na esfera pública, inclusive com a ilusão de que no fim das contas trará mais benefícios à população com esta decisão. Mas certamente não estará fazendo Política, perdendo de vez o pouco de identidade que lhe resta - e, na sua esteira, o seu eleitorado mais fiel.

Entrei no PP para fazer Política, para defender nossas bandeiras. Fui candidato a Deputado Estadual por duas oportunidades, e os 14.068 votos que recebi contribuíram para que nossa bancada obtivesse a votação que obteve. Não vou compactuar com nenhuma decisão que afronte nosso Programa e nossos Princípios - e espero que neste mesmo sentido se pronunciem nossos Movimentos partidários, nossa Fundação, nosso Diretório e nossa Executiva Estaduais.

Trata-se de um último grito de socorro de um militante que vê seu partido ser tomado de assalto por ideias que vão aniquilá-lo perante seu próprio eleitorado, que vão esterilizar por completo o que ainda resta de idealismo em sua militância jovem e que estarão contribuindo para que ocorra em nosso país, nas palavras de um dos fundadores do próprio PT, Hélio Bicudo, um processo de mexicanização onde um único partido detém poder quase absoluto sobre os rumos da política.

Não nos enganemos: Tarso não quer governar com outros Partidos, em especial quando se trata de Partidos com Programas antagônicos ao Petista. Quer, como faz o PT nacionalmente, aniquilá-los, comprá-los, destruir toda forma de oposição. Isto não é mais democracia. Isto não é mais política. Espero, com sinceridade, que o PP gaúcho não caia no canto da sereia e se entregue de forma tão baixa, vil e contrária aos seus próprios princípios a estas ideias que, estou certo, não encontram respaldo na absoluta maioria de seus filiados.

Marcel van Hattem
Secretário Nacional da Juventude Progressista
Diretor Acadêmico da Fundação Tarso Dutra

Monday, November 15, 2010

Sobre o Português deste blog

Desculpem-me os chatos com erros de português, gramática, concordância etc. - também sou um deles.

Revisei rapidamente os posts anteriores e decidi mantê-los como estavam, mesmo que, principalmente em relação à linearidade deles, fiquem em dívida com nossa língua.

Os leitores têm contudo a promessa de que procurarei evitar escorregões indesculpáveis como erros ortográficos. De resto, boa leitura, descompromissada ou não.

A força do Twitter

O Twitter é a ferramenta mais revolucionária de comunicação dos últimos anos.

Quando estava nos EUA, no ano passado, eu ainda não tinha me dado conta 100% do seu potencial. Já havia criado uma conta e tinha visto na imprensa que o primeiro a ver o pouso do avião da US Airways no Hudson era um tuiteiro - e a partir daí, a informação se espalhou por todo o mundo. Contudo, apesar de ter plano ilimitado de internet no meu celular, continuava priorizando a leitura de notícias através dos "ultrapassados" feeds rss do Opera e utilizava a conexão celular-blog com muito mais frequência do que poderia ter utilizado o Twitter.

Hoje, estaria tuitando alucinadamente  as frases ditas pelos professores em sala de aula, as palestras com embaixadores, ex-presidentes e outras lideranças mais, ao invés de preparar longos e extensos artigos para o blog.

É certo, porém, que a vontade de se tuitar está diretamente relacionada ao interesse dos seguidores em lerem o que é escrito - e, à época, não só eu tinha poucos followers como pouquíssimos brasileiros já haviam aderido à ideia de tuitar (muito menos, a entendido). E isso há apenas um ano e meio!

Hoje, não vivo sem o twitter, tanto para tuitar, como para ler tuítes de amigos e da imprensa. É certo que minha vida ficou ainda menos privada, mas who cares? Para quem se envolveu durante tantos anos diretamente com política (oito anos desde minha filiação ao PP e posterior eleição como Vereador da minha cidade), privacidade não é lá uma coisa com a qual eu esteja tão preocupado. Lógico, até certo nível.

Há poucos dias, no dia do meu aniversário, aliás, decidi não acompanhar muito o twitter e me dedicar a outras atividades. Limitei-me a ver a guia das replies e agradecer aos amigos que me desejaram feliz aniversário. À tardinha, acompanhei o clamor online que se tornara a prova do ENEM - e, já que tinha estourado pela manhã o assunto, decidi não comentar porque já era, na prática, uma "pauta velha".

A comunicação vive tempos totalmente diferentes, novos, revolucionários mesmo. Não sei o que pode vir depois do Twitter, mas acho difícil o reinado dos 140 caracteres não se manter por um bom tempo. Poder dizer, ao mesmo tempo, para todos os seus amigos aquilo que você sente, faz ou pensa diminui drasticamente a necessidade de telefonar, mandar sms, marcar reunião, escrever artigo de opinião e ainda dá a possibilidade de se ser respondido por alguém no instante seguinte.

140 caracteres podem não dizer tudo sobre você, mas a sua timeline e a sua página no Twitter revelam muito mais do que se poderia imaginar.

Big bang em São Paulo

Acabo de checar meu e-mail e percebi que recebi um HandBook para o evento promovido pela iClass - Associação de Ex-alunos do curso de Liderença da Georgetown University de Washington.

Parabéns aos organizadores, vai dar para tuitar muita coisa interessante durante o evento, que vai contar com palestrantes do setor público, privado e universitário.

Pretendo também realizar entrevistas com ex-colegas meus para postar aqui e acompanhar a evolução de seus projetos aqui no blog.

Buenos Aires - 1 (miscelânea)

Vim a Buenos Aires com a intenção de assistir ao show do Belle and Sebastian de hoje à noite. Uma das minhas bandas preferidas, B&S se apresentou também em São Paulo (10) e no Rio (12). Mas para os gaúchos é mais barato viajar a terras portenhas - e o ingresso que comprei (plateia VIP do afamado Luna Park, segunda fileira),  teve exatamente o mesmo preço da admissão geral no show do Rio e foi metade do preço do cobrado para a Via Funchal.

Aproveitei a viagem para tirar uns dois dias de férias - e dei sorte! A Casa Rosada esteve ontem aberta para visitação do público e, como vocês podem ver em algumas fotos postadas no meu twitter, há uma exposição bem interessante de quadros presenteados por presidentes de diferentes países da América Latina à Argentina em comemoração aos 200 anos da Revolução de Maio. Uma curiosidade foi o quadro de Salvador Allende, presenteado não pelo presidente chileno Sebastián Piñera, mas pela ex-presidente socialista Michelle Bachelet - a única exceção, já que todos os demais foram dados por chefes de Estado, do presidente do Brasil, Lula, a René Preval, do pequeno Haiti, passando por Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Raúl Castro, Mujica, e outros. Vendo os nomes, aliás, não dá para não lamentar pelo futuro imediato da nossa região.

Já estive outras duas vezes na Cidade, mas sempre vale a pena dar uma chegada. A Feria de San Telmo, as empanadas buenairenses, as conversas à noite nos hostels com gente de diferentes partes do mundo, são sempre uma distração para o visitante. Aqui no Tango Inn, em que estou hospedado, acho que a metade dos hóspedes é de brasileiros. Australianos, chineses e um casal de mais idade francês também estão por aí. Como diziam os reviews do local no www.hostelworld.com, o barulho lá embaixo no bar vai até tarde da noite - mas para quem é jovem e não está lá tão preocupado em dormir durante a viagem não se trata de nenhum problema.

Vou dar uma volta no Centro agora, nas Calles Florida e Rivadavia. A expectativa para o show é grande. Ingresso na mão, mais algumas horas de espera e assistirei ao espetáculo por que há tantos anos já aguardava. Não sem antes dar uma volta, óbvio, no Puerto Madero e tentar me encontrar com minha amiga Magdalena Acuña, colega de curso de Liderança em Washington.

Thursday, November 4, 2010

Obama vai à Ásia e visita aliados

Depois da derrota amarga sofrida pelos democratas nas midterm elections nos EUA, Barack Obama parte amanhã para a Ásia. Lá, ele visitará a Índia, a Indonésia, a Coreia do Sul e o Japão. No artigo do Washington Post de hoje, são apresentados como motivos da viagem do presidente americano à Ásia o estreitamento da relação comercial com estes países - o que o novo governo americano já tinha definido na fase de transição e que teve dificuldades para colocar em prática. 


Em épocas de baixa popularidade na Casa Branca, desviar as atenções para fora do país é uma estratégia um tanto arriscada - sobretudo por se tratar a Índia uma grande competidora dos EUA justamente no emprego, já que por dominarem também o inglês e terem o seu custo de mão-de-obra menor do que o dos trabalhadores norte-americanos, os indianos são vistos pela população americana como seus concorrentes diretos.  Obama terá de demonstrar aos americanos que a visita trará resultados práticos a eles. E isso significa também convencer seus compatriotas de que ao invés de competidora, a Índia e os demais países visitados vão auxiliar na recuperação da economia americana - e isso significa, na prática, gerando mais empregos para os americanos.


Por outro lado, há a característica simbólica da viagem: ao invés de visitar a China, cuja importância geopolítica e econômica tem crescido muito mais do que as das demais nações, Obama visitará países com sistemas democráticos e que tem sido aliados históricos dos EUA - buscando, também, promover os valores tão caros aos americanos, sobretudo os mais conservadores, da democracia e da liberdade. De especial interesse para a mídia e para o grande público será sua visita à Indonésia, país em que o presidente viveu durante quatro anos de sua infância e que é considerada uma das mais bem-sucedidas democracias em um país majoritariamente islâmico no mundo.


Seja frutífera ou não a viagem, uma coisa é certa: Obama vai à Ásia ainda saboreando o amargo gosto de uma derrota que vai lhe trazer grandes dificuldades na segunda metade do seu governo.


Acompanhe a matéria inteira aqui: http://wapo.st/d6sJUN

A volta da CPMF

A mais permanente das contribuições provisórias de toda a história da República ameaça ser reeditada - e pelas mãos da recém-eleita presidente Dilma Roussef. Lula fala literalmente, governadores embarcam na canoa e nós vamos, provavelmente, voltar a pagar sobre cada movimentação financeira uma taxinha básica. Com o apoio que Dilma terá no Congresso, se não aprovar, fica feio para ela. Se aprovar, fica feio para nós. Como para nós já tá feio de qualquer forma, prepare seu bolso!

"Nordestinos não são bestas como os paulistas" tá lá, no blog da Dilma.


Copio e colo aqui texto do blog do Reinaldo Azevedo, sobre a exploração dos dilmistas, pós-eleições, da infeliz declaração de uma paulista a respeito dos nordestinos. Ao invés de se contentarem com o rechaço público que a moça, com razão, sofreu (e, com razão, resultou inclusive em abertura de processo na OAB contra si), os petralhas aproveitam a onda para "dar o troco" nos paulistas - e nos serristas. 

Infelizmente, os neodifamadores já contam, de antemão, com a certeza da impunidade das autoridades e da pequenez da oposição, que não tem uma voz capaz de denunciar o criminoso contra-ataque de preconceitos.


BLOG DA DILMA - “NORDESTINOS NÃO SÃO BESTAS COMO OS PAULISTAS”

Uma canalhice está em curso: associar afirmações infelizes, estúpidas, de uma moça no Twitter ao fato de ela ser paulista e ter declarado voto na oposição. A rede suja na Internet faz a festa. Como se pode notar, os carniceiros não se contentam com a vitória. É preciso depois fazer uma variante da limpeza étnica. Entre no Google, leitor, para ver quantas são as ofensas aos paulistas — não caracterizariam, também elas, uma variante de “racismo”, a exemplo, então, do ataque ao Nordeste?
Num desses blogs asquerosos, que apareceram na procura, o rapaz se mostra muito indignado com as declarações da tal moça e as associa, o que é criminoso, ao candidato da oposição. Um de seus comentadores não tem dúvida: “paulistas são idiotas”; para outro, “morrem todos de câncer” por causa de seus maus costumes… Evidentemente, isso não ganhará notoriedade por dois motivos: a)porque não existe, na chamada “oposição” ,uma máquina de propaganda destinada a transformar o “vitimismo” em categoria política; b) porque não ocorrerá ao presidente da OAB local propor uma ação para combater o “racismo” contra os paulistas.
Será o regionalismo cretino, com pretensões políticas, característica de um dos lados? E o que dizer desta página? Ela deixa alguém orgulhoso?
blog-dilma-bestasEsse blog nunca foi admitido como parte da rede oficial pró-Dilma, mas existe desde  quye Lula deixou claro que ela seria a candidata. Tinha até uma janela destinada à arrecadação de recursos. Não contasse, no mínimo, com o assentimento da campanha, teria saído do ar.
O preconceito regional foi, sim, objeto de manipulação política na campanha eleitoral, mas a oposição não teve nada com isso. Facções do governismo, especialmente os blogueiros a soldo, é que tentaram associar a campanha da oposição a propostas que prejudicariam o Nordeste. Na fase da disputa interna entre José Serra e Aécio Neves, paulistas foram tratados como inimigos dos mineiros.
Não há nada mais atrasado, estúpido, ridículo mesmo, do que esse confronto entre regiões ou estados. São detestáveis os que secretam generalizações e preconceitos. E não menos detestáveis são os gigolôs que se oferecem, na Internet, para “proteger os ofendidos”, transformando uma manifestação individual, irresponsável, num grave delito coletivo ou partidário para que possam, então, se oferecer como salvadores de uma coletividade.
Curiosamente, os que reagem, em “nome dos nordestinos” às declarações idiotas feitas por um indivíduo acreditam, no fundo, que se trata de um “preconceito dos paulistas”. Seria o caso de perguntar: “Onde estão mesmo os preconceituosos”? Ainda volto ao tema.
Por Reinaldo Azevedo

Bolsa Família para uns, Bolsa Votos para outros.

O gráfico é auto-explicativo:













Fonte: http://blogs.estadao.com.br/vox-publica/2010/10/11/bolsa-familia-e-paraquedas-eleitoral-de-dilma-no-nortenordeste/

Saturday, October 30, 2010

O Debate da Globo, os indecisos, a democracia e a liberdade.

O debate da TV Globo de ontem, para quem esperava fatos novos, foi uma decepção. Mesmo os fatos antigos mais bombásticos não foram explorados - primeiro em razão do formato do programa, depois, pela provável orientação das coordenações de campanha de cada candidato a que não se atacassem. Quem já tem lado, gosta de ver sangue, gosta de ver o adversário humilhado, desmascarado. Já os indecisos preferem a paz e o amor. E, como o programa foi feito para eles (que são, no máximo, 15% contando quem ainda pode trocar seu voto), quase 90% da audiência também deve ter se decepcionado com o debate.

Sou Serra e torci por ele. A sua vitória no debate foi evidente. Dilma estava nervosa, não conseguia nem terminar suas frases no tempo em que zerava o cronômetro. Os eleitores indecisos, no estúdio e na audiência em casa, talvez tenham se decidido por algum dos dois ontem. A maioria, creio, por Serra, pela sua postura, coerência e elegância. Mas a decisão destes indecisos passou decidida e lamentavelmente longe dos critérios de quem defende de fato o que importa: os valores democráticos e as liberdades individuais.

Quem está do lado do PT, conscientemente, já fez sua escolha: se não apoia abertamente, ao menos fecha os olhos para o PNDH-3, para a censura à imprensa, para a institucionalização da corrupção como meio e como finalidade para a obtenção e manutenção do poder, a mentira como ferramenta permitida e desejável de sua propaganda, características inatas ao partido de Lula.

Quem está do lado de Serra, não está ali porque o acha bonitinho. Aliás, por mais que tenha sido excelente administrador e grande político em sua trajetória, está longe, muito longe de ser o estadista de que o país precisa neste ou em qualquer momento. Está longe de ser um tribuno e mesmo de ter um programa de governo que me atraia, por exemplo, com entusiasmo. Quem apoia Serra, porém, releva outros aspectos de sua candidatura para se concentrar no que realmente importa para o futuro do Brasil: a defesa intransigente da democracia, da preservação das liberdades individuais, do fim dos aloprados de plantão, o respeito à vida, à liberdade religiosa, à liberdade de imprensa e tantas outras. A defesa de um país decente.

O debate de ontem não tocou nestes assuntos - quando muito, o fez de raspão. E se tocasse, serviria apenas para motivar a militância pró-Serra, já definida. Quem ainda está indeciso entre Dilma e Serra apesar de ter consciência da ameaça que representa à nossa democracia a continuidade do PT no poder, realmente mereceu ouvir o trololó de ontem à noite e, quem sabe, ao menos baseados na melhor postura, elegância e coerência de Serra, o eleja presidente.

Uma pena que não seja pelo seu compromisso com a Democracia e com as Liberdades Individuais. É certo, para nosso pesar, que o debate passou longe dos valores basilares que qualquer democrata e defensor da liberdade defende. Quando um país como o Brasil tem uma população que, na sua esmagadora maioria, não dá valor ao que é mais importante para o funcionamento de suas instituições democráticas - ou nem sabe por ignorância, preguiça de descobrir ou má-intenção mesmo qual o papel que cada candidato joga na realidade - podemos estar certos de que, vença quem vencer amanhã, o país caminha para uma grande radicalização na política nos próximos anos.

Domingo, pela Liberdade e pela Democracia, é Serra, 45.

Thursday, October 28, 2010

Quatro glórias nacionais

Esse texto do prof. Olavo veio em excelente hora. Assisti ao horário eleitoral de hoje e me perguntava como podia o Serra levar tanto pau da Dilma calado quando ela fala que o atual governo é andar para frente e o de FHC é o símbolo do retrocesso. O PSDB tem que lembrar exaustivamente que Lula optou deliberadamente por manter toda a base deixada por FHC, e que foi isso que permitiu ao país não colapsar sob um governo do PT. Recomendo a leitura:


Quatro glórias nacionais
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 28 de outubro de 2010
Leio nas mensagens do Investor's Daily Edge, sempre interessantíssimas, que os investidores internacionais têm quatro razões sólidas para apostar seu dinheiro no Brasil e acreditar que o país pode superar a badalada China nas próximas décadas. São elas:
1. O Brasil já passou pelo pior e fez, de uma vez para sempre, as escolhas decisivas em matéria de estabilidade econômica.
2. O Brasil é uma economia quase auto-suficiente. As exportações fazem apenas 14 por cento do nosso Produto Interno Bruto, o que significa que, na hipótese de um colapso econômico global, sairemos praticamente ilesos, enquanto a China, a Índia, a Rússia e outros autonomeados donos do futuro irão mui provavelmente para o brejo.
3. Ao contrário dos EUA, da Grécia, da Espanha, de Portugal e de tantos outros países, temos dinheiro no banco. Precisamente em razão do fator número 1, nossas reservas financeiras nos põem bem a salvo de qualquer tranco vindo de fora.
4. O Brasil tem imenso potencial agrícola não aproveitado. Enquanto aí pelo mundo as terras produtivas vão escasseando e os limites legais para a sua aquisição vão aumentando, neste país pelo menos uns duzentos e sessenta e sete milhões de acres estão prontos para ser adquiridos a baixo preço e começar a produzir imediatamente. As perspectivas são ótimas: nossa agricultura, essencialmente de livre mercado, é mais rentável que a agricultura subsidiada dos EUA e da maior parte dos países da Europa.
São glórias nada desprezíveis, não é verdade? Mas, ao contrário do que poderiam desejar os adeptos mais afoitos do triunfalismo lulista, o Investor's Daily Edge deixa claro que as de número 1, 2 e 3 não vêm do mês passado, nem do ano passado, nem, para dizer a verdade, dos últimos oito anos: são o resultado do bom trabalho feito desde a primeira metade da década de 90 pelo presidente Itamar Franco e seu ministro Cardoso, depois presidente e continuador da obra. Se o sucessor deles, Lula, não mexeu no time que herdou nem nos planos de jogo, é apenas sinal de que não é louco ou, se o é, não rasga dinheiro. Lênin ou Mussolini, no lugar dele, não agiriam diferente. Por mais que a memória falhe a quem não deseja recordar, diverso é o mérito de quem faz e o de quem simplesmente não desfaz. Toda a ação econômica do governo Lula foi a de um pato no rio: deixar-se levar pela corrente e grasnar de auto-satisfação.
Quanto ao fator número 4, ele diz respeito precisamente ao tal "agronegócio", aquela coisa que petistas, emessetistas e malucos em geral odeiam como à peste e culpam por todos os males da nacionalidade. Bendita peste, no entanto, que alimenta o Brasil com comida barata, espalha o demônio da obesidade entre os esfaimados e ainda faz do país a menina-dos-olhos dos futuros investidores e um forte concorrente da China na disputa por um lugar privilegiado entre as nações.
O Brasil, em suma, só tem uma economia pujante e um belo futuro graças a três coisas que a esquerda dominante não fez e a uma quarta coisa que ela detesta.
Pensem nisso quando forem votar no próximo domingo.

Domingo - Pela Democracia, Serra 45.

Domingo é o dia da eleição. Este vídeo, que assisti já faz alguns dias, traz o Manifesto em Defesa da Democracia em nosso país. Assinei ele ainda no primeiro turno. Assista:


http://www.youtube.com/watch?v=6D6Ocm9xbgo


E vote Serra 45.

Friday, October 22, 2010

Aparições de Lula começam a atrapalhar - de novo.

Lula está, nesta reta final de campanha, atrapalhando Dilma. Como já o fez na reta final do primeiro turno.

Naquela oportunidade, discursos anti-democráticos pela extirpação de partidos políticos ou as críticas diretas ao trabalho da imprensa, certamente integraram a fatura entregue à Dilma ao final do primeiro turno e que lhe custou a ida a uma nova rodada com o principal adversário do PT, o PSDB de José Serra.

Agora, Lula atrapalha a campanha de sua pupila ao ser pego em flagrante mentira em rede nacional. O Jornal Nacional, com a assessoria de um perito, detona as declarações do Presidente da República, demonstrando que Serra foi, sim, atingido por um objeto capaz de machucá-lo. Lula deu, assim, ao principal opositor de Dilma, mais espaço nobre na TV e ainda por cima possibilitou aos brasileiros perceberem que a agressão sofrida por Serra foi maior do que se havia imaginado.

Ora, agressão é agressão. Ponto. Se tivesse sido apenas bolinha de papel, se tivesse sido apenas empurrões, ainda assim, seria agressão. E o apenas, aliás, nem caberia nesta minha frase anterior, para manter a coerência do meu argumento. Em uma democracia, militante respeita o militante adversário. Debate ideias. Faz, no máximo, torcida. Bate o adversário apenas nas urnas.

A realidade, porém demonstra o inverso: é necessário não apenas vencer o adversário. O PT quer aniquilá-lo, destruí-lo. Extirpá-lo. Afinal, "eles tem que apanhar na rua e nas urnas", né Zé Dirceu? Esta é a estratégia.

Transparentemente, estamos acompanhando pela imprensa e pela própria propaganda eleitoral o que está ocorrendo. A internet, também, tem sido importante meio para demonstrar as estratégias que o PT utiliza. E a mentira, dentre todas as armas, é a preferida da turma. E de Lula.

Acho um absurdo o Presidente da República estar fazendo campanha pela sua candidata - FHC não fez para Serra contra Lula (talvez um dos motivos para a derrota do PSDB em 2002). Agora, a continuarem as trapalhadas presidenciais na campanha, posso garantir que já não me incomodam mais tanto as aparições de Lula. De novo.

PT, aprende a perder

Voltando à atividade aqui no blog, agora tomara de forma mais continuada, quero comentar um pouco a campanha eleitoral nesta reta final para o segundo turno.

A vergonha é pública.

O desespero do Partido dos Trabalhadores - e, logicamente, em especial da sua alma, que é a militância - já não se pode mais medir em palavras. Agora, a medida é feita a pau e pedra, literalmente. O presidenciável José Serra, em entrevista ao Jornal Nacional, disse que os que o acusam de farsa o estão medindo com a régua deles e que de simulação, quem entende é o próprio PT.

É verdade.

Lembro de quando enfrentei os militantes do MST, Via Campesina e companhia na aprovação do Parque Tecnológico da UFRGS. A mesma coisa ocorreu comigo e com os estudantes favoráveis ao parque: a barbárie se instaurou face à inevitabilidade da aprovação. Fui agredido também, não apenas verbalmente, como fica claro nos vídeos que postei à época no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=R2XkJOvAvIw), mas também fisicamente. Enquanto eu dava entrevista à Record, me chutaram por trás, nas pernas, e eu cheguei a dizer ao repórter "estão me chutando aí atrás". Lógico, se eu fosse farsante - como é essa turma da baixaria e da vitória a qualquer custo -, eu teria feito aquilo que a politicalha de plantão faz: teria me atirado ao chão, me contorcido de dor, e conseguido uns bons minutos de fama na mídia.

PT, aprende a perder. Eu sei que a Dilma está na frente, ainda, nestas pesquisas duvidosas que estão sendo divulgadas por aí. Mas se a derrota vier para os Lulistas, como já veio de certa forma no primeiro turno, que seja admitida democraticamente e com respeito ao vencedor. A julgar pelas reações violentas durante a campanha, contudo, temo pelo pior: independentemente de quem vencer, bolinhas de papel, fita crepe e bandeirada na cabeça tendem a ser light para o PT pelos próximos quatro anos.

Friday, October 1, 2010

Tua ajuda fará a diferença!

Faltam apenas DOIS dias para as eleições

Obrigado a todos pelo empenho na campanha, que cresceu muito desde o seu início e que chega às vésperas da eleição com a chance real de vitória.

O sucesso da caminhada depende, agora, do teu esforço nesta reta final. Divulgue nossas ideias, encaminhe esta mensagem, indique-me como candidato a deputado estadual - a maior parte dos eleitores ainda não definiu seu voto,aproveite a oportunidade!

Tenho uma proposta decente para a política e, principalmente, de defesa dos valores básicos de qualquer sociedade desenvolvida: a Liberdade e a Democracia. Infelizmente, o que acompanhamos na política brasileira não nos permite dizer que tais valores estejam assegurados no país. Antes pelo contrário, vislumbramos dias muito nebulosos: sigilos fiscais quebrados, a imprensa sob risco constante de ser censurada e a hegemonia de um partido político de norte a sul do Brasil que defende e/ou patrocina tais absurdos, aliados à ineficiência e apatia de sua oposição, não permitem, hoje, muitos elogios à nossa democracia nem garantem as nossas liberdades individuais. O predomínio do politicamente correto e a cultura de passar a mão por cima da cabeça de quem infringe a lei devem ser combatidos em nome da clareza e da transparência. 

O progresso da sociedade através da educação, do trabalho e da garantia dos direitos fundamentais é nossa principal filosofia.


Filiei-me ao Partido Progressista de Ana Amélia Lemos (em quem voto para o Senado) porque acredito em suas bandeiras - na livre iniciativa, nas liberdades individuais (de imprensa, religiosa, de expressão e tantas outras), no direito de propriedade e na drástica redução do poder do Estado - hoje com uma máquina muito corrupta, inchada e ineficiente justamente devido ao seu tamanho.

Acesse meu site www.marcel11022.com.br para ler mais princípios de atuação do meu futuro mandato na Assembleia Legislativa Gaúcha.

Obrigado pela atenção! Multiplique seu voto! Envie esta mensagem a todos os seus contatos. PEÇA voto para o 11022! Tua ajuda fará a diferença!!
Abraços,
Marcel van Hattem

Friday, August 27, 2010

Agenda 2020: Compromisso com os gaúchos

Mergulhei no site da Agenda 2020 (www.agenda2020.org.br) para ler, com atenção, as principais propostas elaboradas por este movimento de gaúchos que busca, em resumo, melhorar nossa qualidade de vida. Trata-se de uma agenda mínima que apresenta idéias e sugestões de ações concretas que, implementadas, trarão benefícios a todos os gaúchos, não a um setor específico.

A realidade gaúcha, exposta de forma clara no site, demonstra que governantes,
políticos e agentes públicos do presente e do passado não estão conseguindo lidar
com nossas deficiências e superá-las individualmente. Sem apoio e entendimento, o
tratamento das principais questões que dizem respeito ao desenvolvimento do nosso
Estado no sentido mais amplo da palavra acaba não encontrando espaço na agenda
política de nosso Estado.

Entre centenas de dados negativos que se poderiam citar decorrentes deste imobilismo e falta de agenda única, elenco a nossa previdência, que é uma bomba relógio,
o investimento em P&D pífio (a média estadual não corresponde nem a 15%
da média nacional) e as nossas estradas, que estão no limite de sua capacidade,
gerando engarrafamentos monstro e impedindo o escoamento de nossa produção.

Além disso, perdemos em tratamento de esgoto para praticamente todos os demais
Estados – inclusive Sergipe, Bahia e Amazonas – e nossos índices de criminalidade
são em proporção dos piores do nosso país. A educação básica no RS está, em todos os critérios, em terceiro lugar da região Sul, que tem somente dois outros Estados.

As soluções para o enfrentamento destes problemas são apresentadas com detalhe no
site, permitindo que o internauta possa acompanhar o andamento da implementação
de cada proposta. Quero, porém, como candidato a deputado estadual, deter-me não
nas propostas em si, mas na etapa anterior a implementação delas e que depende de
uma palavra: compromisso. Compromisso com os gaúchos, compromisso com todos,
compromisso com o bem-estar da sociedade.

Não há como colocar em prática grande parte das ideias elencadas sem que haja um
comprometimento dos Legisladores gaúchos que tomarão posse em 2011 em defendê-
las dentro da Assembleia. Precisamos enfrentar de frente nossos problemas, encará-
los, e comprometidos com o futuro do Rio Grande, juntos trilhar os caminhos para
solucioná-los.

Sou candidato a deputado estadual porque sou idealista: quero um Estado e um país
melhores. Estou comprometido com a solução para os problemas que entravam o
desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil. Sou jovem e, por isso, tenho
compromisso muito maior com o presente e o futuro. O desentendimento e a falta
de enfrentamento aos nossos problemas devem permanecer onde estão: no passado.

Como candidato a deputado estadual, meu compromisso será com os gaúchos, não com uma classe, um setor da sociedade ou uma faixa etária específica. E a agenda 2020, para mim, é um compromisso com os gaúchos que eu assumo e que espero ser também – e batalharei por isso – um compromisso de meus futuros pares na Assembleia.

Monday, August 23, 2010

Receptividade dá ainda mais motivação para a campanha

No fim de semana que passou, fiquei muito satisfeito ao perceber a receptividade dos eleitores à candidatura. Estive presente em vários eventos e passei por diversas cidades do Vale do Sinos, da Serra e da Região Metropolitana. Em todas elas, a boa aceitação ao meu nome e às minhas propostas para trabalhar na Assembleia foram realmente muito importantes para confirmar que a decisão de concorrer novamente a Deputado Estadual foi muito acertada.

É bonito ver que as pessoas se interessam em saber mais sobre minha trajetória e que, na maiorias das vezes, se identificam com ideias que defendo.

Nessas andanças, fica claro que os eleitores estão ansiosos por renovar a política; querem votar em representantes que façam a política de resultados.

É por isso que sou candidato e coloco meu nome à disposição. Isso me dá cada vez mais motivação para fazer a BOA POLÍTICA e satisfazer a expectativa dos eleitores.

foto: em Carlos Barbosa - Biriba com seu filho, Marcel, vereador Terenciano, seu esposa Teresinha, e Kees

Friday, August 20, 2010

Jingle da Campanha

Nesta semana gravei locuções e também finalizamos o jingle. Elaboramos um jingle mostrando um pouco do meu currículo, focando a juventude e o meu slogan, "Coragem e Capacidade para Inovar". O resultado final do jingle você pode escutar através do vídeo logo mais abaixo. 


Ouça o jingle da minha campanha a Deputado Estadual.

Friday, August 6, 2010

MARCEL RECEPCIONADO NA FECOMÉRCIO-RS



Na manhã de sexta, 06 de agosto, Marcel van Hattem visitou a sede da FECOMERCIO-RS, em Porto Alegre. Candidato a deputado estadual, Marcel foi recepcionado pelo vice-presidente Nelson Lídio Nunes.

Um dos assuntos abordados no encontro foi sobre reforma política. Marcel e Lídio Nunes concordaram que o voto distrital e o parlamentarismo seriam boas soluções para o sistema político brasileiro. O voto distrital garantiria campanhas com menos dispêndios e vincularia o candidato à sua base. E o modelo parlamentarista daria à nação mais flexibilidade em crises e estabilidade institucional.

(na foto, Marcel e Nelson Lídio)
Ainda na reunião Nelson Lídio entregou a Marcel van Hattem a Agenda Legislativa 2010, um documento elaborado pela diretoria da FECOMÉRCIO-RS que contêm propostas e sugestões aos candidatos ao parlamento.

Tuesday, August 3, 2010

Ex-bolsista, participei de encontro do Instituto Ling

O Instituto Ling realizou encontro ontem, 02 de agosto, em São Paulo, reunindo seus bolsistas e ex-bolsistas. Fundado em Porto Alegre no ano de 1995, o Instituto Ling proporciona bolsas de estudos para jovens de atuação acadêmica destacada do Brasil e da América Latina, nas melhores universidades norte-americanas. Até hoje, 108 bolsistas foram beneficiados com bolsas.
Através do Instituto Ling, cursei em 2009, mediante recursos do instituto o curso de Liderança e Competitividade, na Georgetown University, em Washington, EUA.
Como ex aluno, fui convidado para expor sobre minha atuação na política e falei sobre os desafios da juventude neste ambiente. Destaquei ainda que o curso no exterior me preparou e me incentivou a prosseguir na vida política.
Estudar e conviver com 35 jovens de diferentes países latino-americanos já foi um aprendizado. Mas receber ensinamentos de personalidades com o ex-Primeiro-Ministro espanhol José Maria Aznar, o intelectual peruano Mário Vargas Lhosa e o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, foi uma lição para a vida.

Thursday, July 29, 2010

Reunião na ABICALÇADOS

Na manhã de hoje, 29 de julho, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Abicalçados, reuniu alguns candidatos ao parlamento para expor e ouvir idéias sobre o setor. Entre os convidados, o candidato a deputado estadual Marcel van Hattem.

Algumas questões pontuadas pela Abicalçados:

- Fraude ao anti-dumping ao calçado chinês: a taxação do calçado chinês têm sido burlada pelo deslocamento da produção para países vizinhos, como Indonésia e Malásia. Comprovado isso, é preciso estender a taxação também a estes países.

-Desoneração das Exportações: o sistema tributário brasileiro tira competitividade do produto nacional. Ao não permitir o aproveitamento de bônus tributários nas compras de insumos e serviços de um produto que quando acabado será exportado, o sistema tributária pune o exportador. A regra em todos os países do mundo é não tributar as exportações, permitindo que seus preços fiquem mais competitivos.

- Necessidade de uma política comercial que busque acordos de livre comércio. Em dez anos, o Brasil celebrou apenas um acordo comercial deste tipo, com Israel, país de 6,5 milhões de habitantes, pouco mais da metade da população gaúcha.

-Política cambial de valorização da moeda nacional é danosa aos produtos brasileiros voltados ao mercado internacional. Esta prática, combinada com taxas de juros que se situam entre as maiores do mundo inibem a competitividade externa e encarem o investimento.

Marcel conhece a realidade do setor calçadista. Residente em Dois Irmãos, observou nos últimos anos indústrias serem fechadas e milhares de empregos extintos. Como assessor do deputado federal Renato Molling, criador da Frente Parlamentar em Defesa dos Setores Coureiro-Calçadista e Moveleiro, acompanhou a atuação do parlamentar em prol destes segmentos.

Eleito deputado, Marcel atuará em parceria de Renato Molling para revigorar o setor calçadista gaúcho. Será um batalhador dos empregos e da renda gerada por um dos principais (senão o principal) setor industrial do Rio Grande do Sul.

Wednesday, July 28, 2010

Carro com logotipo da campanha

Agora foi o carro que ficou pronto para a campanha. Adesivagem, perfurado no pára-brisa traseiro... E o porta-malas cheio de material. Portanto, quem ver este carro estacionado em algum lugar, pode me procurar para tirar alguma dúvida ou apenas 
conversar comigo. 










Ou para pegar material de campanha, para aqueles  que quiserem me ajudar nesta eleição – e todo e qualquer apoio é bem vindo.

Tuesday, July 27, 2010

Gravação de vídeo para ClicRBS

Ontem gravamos o vídeo de apresentação de minha candidatura para o ClicRBS. Poderíamos fazer o básica, nos fechar em estúdio e ficar por isto. Mas, preferimos uma tomada externa. Fomos para o Morro da Embratel, no município de Morro Reuter, bem pertinho daqui de Dois Irmãos.



A paisagem que se vê lá de cima é privilegiada. Ao alcance da visão fica boa parte da região metropolitana de Porto Alegre. Àqueles que puderem conhecer o mirante, recomendo. Não se arrependerão. O acesso fica no km 218 da BR-116, poucos quilômetros acima do trevo de entrada de Morro Reuter para quem vem de Porto Alegre.





visão noturna do Morro da Embratel, Morro Reuter: créditos da foto, como estão vendo, para uaza!, que, sinceramente, não sei o que é.

ROTEIRO PELO VALE DO CAÍ E TAQUARI

Na sexta-feira, 23, Marcel fez roteiro no Vale do Caí e Taquari. Foram onze as cidades visitadas.

Marcel lamentou a ausência de um candidato da região pelo PP. Porém, ressaltou a proximidade do Vale do Caí com seu município, Dois Irmãos, comprometendo-se a também bem representar e dar atenção especial ao Vale do Caí se eleito deputado estadual.

“Venho propor uma parceria. Preciso de apoio para em seguida, na Assembleia Legislativa, ajudar nas necessidades dos municípios do Vale do Caí”.

Pela manhã foram visitados municípios de Harmonia, Tupandi, São José do Sul e Brochier, onde o candidato parou para almoçar com progressistas locais. Durante a tarde, Marcel passou por Salvador do Sul, São Pedro da Serra, Barão, Poço das Antas e Teutônia. O dia de roteiro terminou num jantar promovido pelo Partido Progressista de Carlos Barbosa, que contou com as presenças do deputado federal Renato Molling e estaduais Jerônimo Goergen e João Fischer.