Saturday, October 30, 2010

O Debate da Globo, os indecisos, a democracia e a liberdade.

O debate da TV Globo de ontem, para quem esperava fatos novos, foi uma decepção. Mesmo os fatos antigos mais bombásticos não foram explorados - primeiro em razão do formato do programa, depois, pela provável orientação das coordenações de campanha de cada candidato a que não se atacassem. Quem já tem lado, gosta de ver sangue, gosta de ver o adversário humilhado, desmascarado. Já os indecisos preferem a paz e o amor. E, como o programa foi feito para eles (que são, no máximo, 15% contando quem ainda pode trocar seu voto), quase 90% da audiência também deve ter se decepcionado com o debate.

Sou Serra e torci por ele. A sua vitória no debate foi evidente. Dilma estava nervosa, não conseguia nem terminar suas frases no tempo em que zerava o cronômetro. Os eleitores indecisos, no estúdio e na audiência em casa, talvez tenham se decidido por algum dos dois ontem. A maioria, creio, por Serra, pela sua postura, coerência e elegância. Mas a decisão destes indecisos passou decidida e lamentavelmente longe dos critérios de quem defende de fato o que importa: os valores democráticos e as liberdades individuais.

Quem está do lado do PT, conscientemente, já fez sua escolha: se não apoia abertamente, ao menos fecha os olhos para o PNDH-3, para a censura à imprensa, para a institucionalização da corrupção como meio e como finalidade para a obtenção e manutenção do poder, a mentira como ferramenta permitida e desejável de sua propaganda, características inatas ao partido de Lula.

Quem está do lado de Serra, não está ali porque o acha bonitinho. Aliás, por mais que tenha sido excelente administrador e grande político em sua trajetória, está longe, muito longe de ser o estadista de que o país precisa neste ou em qualquer momento. Está longe de ser um tribuno e mesmo de ter um programa de governo que me atraia, por exemplo, com entusiasmo. Quem apoia Serra, porém, releva outros aspectos de sua candidatura para se concentrar no que realmente importa para o futuro do Brasil: a defesa intransigente da democracia, da preservação das liberdades individuais, do fim dos aloprados de plantão, o respeito à vida, à liberdade religiosa, à liberdade de imprensa e tantas outras. A defesa de um país decente.

O debate de ontem não tocou nestes assuntos - quando muito, o fez de raspão. E se tocasse, serviria apenas para motivar a militância pró-Serra, já definida. Quem ainda está indeciso entre Dilma e Serra apesar de ter consciência da ameaça que representa à nossa democracia a continuidade do PT no poder, realmente mereceu ouvir o trololó de ontem à noite e, quem sabe, ao menos baseados na melhor postura, elegância e coerência de Serra, o eleja presidente.

Uma pena que não seja pelo seu compromisso com a Democracia e com as Liberdades Individuais. É certo, para nosso pesar, que o debate passou longe dos valores basilares que qualquer democrata e defensor da liberdade defende. Quando um país como o Brasil tem uma população que, na sua esmagadora maioria, não dá valor ao que é mais importante para o funcionamento de suas instituições democráticas - ou nem sabe por ignorância, preguiça de descobrir ou má-intenção mesmo qual o papel que cada candidato joga na realidade - podemos estar certos de que, vença quem vencer amanhã, o país caminha para uma grande radicalização na política nos próximos anos.

Domingo, pela Liberdade e pela Democracia, é Serra, 45.

Thursday, October 28, 2010

Quatro glórias nacionais

Esse texto do prof. Olavo veio em excelente hora. Assisti ao horário eleitoral de hoje e me perguntava como podia o Serra levar tanto pau da Dilma calado quando ela fala que o atual governo é andar para frente e o de FHC é o símbolo do retrocesso. O PSDB tem que lembrar exaustivamente que Lula optou deliberadamente por manter toda a base deixada por FHC, e que foi isso que permitiu ao país não colapsar sob um governo do PT. Recomendo a leitura:


Quatro glórias nacionais
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 28 de outubro de 2010
Leio nas mensagens do Investor's Daily Edge, sempre interessantíssimas, que os investidores internacionais têm quatro razões sólidas para apostar seu dinheiro no Brasil e acreditar que o país pode superar a badalada China nas próximas décadas. São elas:
1. O Brasil já passou pelo pior e fez, de uma vez para sempre, as escolhas decisivas em matéria de estabilidade econômica.
2. O Brasil é uma economia quase auto-suficiente. As exportações fazem apenas 14 por cento do nosso Produto Interno Bruto, o que significa que, na hipótese de um colapso econômico global, sairemos praticamente ilesos, enquanto a China, a Índia, a Rússia e outros autonomeados donos do futuro irão mui provavelmente para o brejo.
3. Ao contrário dos EUA, da Grécia, da Espanha, de Portugal e de tantos outros países, temos dinheiro no banco. Precisamente em razão do fator número 1, nossas reservas financeiras nos põem bem a salvo de qualquer tranco vindo de fora.
4. O Brasil tem imenso potencial agrícola não aproveitado. Enquanto aí pelo mundo as terras produtivas vão escasseando e os limites legais para a sua aquisição vão aumentando, neste país pelo menos uns duzentos e sessenta e sete milhões de acres estão prontos para ser adquiridos a baixo preço e começar a produzir imediatamente. As perspectivas são ótimas: nossa agricultura, essencialmente de livre mercado, é mais rentável que a agricultura subsidiada dos EUA e da maior parte dos países da Europa.
São glórias nada desprezíveis, não é verdade? Mas, ao contrário do que poderiam desejar os adeptos mais afoitos do triunfalismo lulista, o Investor's Daily Edge deixa claro que as de número 1, 2 e 3 não vêm do mês passado, nem do ano passado, nem, para dizer a verdade, dos últimos oito anos: são o resultado do bom trabalho feito desde a primeira metade da década de 90 pelo presidente Itamar Franco e seu ministro Cardoso, depois presidente e continuador da obra. Se o sucessor deles, Lula, não mexeu no time que herdou nem nos planos de jogo, é apenas sinal de que não é louco ou, se o é, não rasga dinheiro. Lênin ou Mussolini, no lugar dele, não agiriam diferente. Por mais que a memória falhe a quem não deseja recordar, diverso é o mérito de quem faz e o de quem simplesmente não desfaz. Toda a ação econômica do governo Lula foi a de um pato no rio: deixar-se levar pela corrente e grasnar de auto-satisfação.
Quanto ao fator número 4, ele diz respeito precisamente ao tal "agronegócio", aquela coisa que petistas, emessetistas e malucos em geral odeiam como à peste e culpam por todos os males da nacionalidade. Bendita peste, no entanto, que alimenta o Brasil com comida barata, espalha o demônio da obesidade entre os esfaimados e ainda faz do país a menina-dos-olhos dos futuros investidores e um forte concorrente da China na disputa por um lugar privilegiado entre as nações.
O Brasil, em suma, só tem uma economia pujante e um belo futuro graças a três coisas que a esquerda dominante não fez e a uma quarta coisa que ela detesta.
Pensem nisso quando forem votar no próximo domingo.

Domingo - Pela Democracia, Serra 45.

Domingo é o dia da eleição. Este vídeo, que assisti já faz alguns dias, traz o Manifesto em Defesa da Democracia em nosso país. Assinei ele ainda no primeiro turno. Assista:


http://www.youtube.com/watch?v=6D6Ocm9xbgo


E vote Serra 45.

Friday, October 22, 2010

Aparições de Lula começam a atrapalhar - de novo.

Lula está, nesta reta final de campanha, atrapalhando Dilma. Como já o fez na reta final do primeiro turno.

Naquela oportunidade, discursos anti-democráticos pela extirpação de partidos políticos ou as críticas diretas ao trabalho da imprensa, certamente integraram a fatura entregue à Dilma ao final do primeiro turno e que lhe custou a ida a uma nova rodada com o principal adversário do PT, o PSDB de José Serra.

Agora, Lula atrapalha a campanha de sua pupila ao ser pego em flagrante mentira em rede nacional. O Jornal Nacional, com a assessoria de um perito, detona as declarações do Presidente da República, demonstrando que Serra foi, sim, atingido por um objeto capaz de machucá-lo. Lula deu, assim, ao principal opositor de Dilma, mais espaço nobre na TV e ainda por cima possibilitou aos brasileiros perceberem que a agressão sofrida por Serra foi maior do que se havia imaginado.

Ora, agressão é agressão. Ponto. Se tivesse sido apenas bolinha de papel, se tivesse sido apenas empurrões, ainda assim, seria agressão. E o apenas, aliás, nem caberia nesta minha frase anterior, para manter a coerência do meu argumento. Em uma democracia, militante respeita o militante adversário. Debate ideias. Faz, no máximo, torcida. Bate o adversário apenas nas urnas.

A realidade, porém demonstra o inverso: é necessário não apenas vencer o adversário. O PT quer aniquilá-lo, destruí-lo. Extirpá-lo. Afinal, "eles tem que apanhar na rua e nas urnas", né Zé Dirceu? Esta é a estratégia.

Transparentemente, estamos acompanhando pela imprensa e pela própria propaganda eleitoral o que está ocorrendo. A internet, também, tem sido importante meio para demonstrar as estratégias que o PT utiliza. E a mentira, dentre todas as armas, é a preferida da turma. E de Lula.

Acho um absurdo o Presidente da República estar fazendo campanha pela sua candidata - FHC não fez para Serra contra Lula (talvez um dos motivos para a derrota do PSDB em 2002). Agora, a continuarem as trapalhadas presidenciais na campanha, posso garantir que já não me incomodam mais tanto as aparições de Lula. De novo.

PT, aprende a perder

Voltando à atividade aqui no blog, agora tomara de forma mais continuada, quero comentar um pouco a campanha eleitoral nesta reta final para o segundo turno.

A vergonha é pública.

O desespero do Partido dos Trabalhadores - e, logicamente, em especial da sua alma, que é a militância - já não se pode mais medir em palavras. Agora, a medida é feita a pau e pedra, literalmente. O presidenciável José Serra, em entrevista ao Jornal Nacional, disse que os que o acusam de farsa o estão medindo com a régua deles e que de simulação, quem entende é o próprio PT.

É verdade.

Lembro de quando enfrentei os militantes do MST, Via Campesina e companhia na aprovação do Parque Tecnológico da UFRGS. A mesma coisa ocorreu comigo e com os estudantes favoráveis ao parque: a barbárie se instaurou face à inevitabilidade da aprovação. Fui agredido também, não apenas verbalmente, como fica claro nos vídeos que postei à época no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=R2XkJOvAvIw), mas também fisicamente. Enquanto eu dava entrevista à Record, me chutaram por trás, nas pernas, e eu cheguei a dizer ao repórter "estão me chutando aí atrás". Lógico, se eu fosse farsante - como é essa turma da baixaria e da vitória a qualquer custo -, eu teria feito aquilo que a politicalha de plantão faz: teria me atirado ao chão, me contorcido de dor, e conseguido uns bons minutos de fama na mídia.

PT, aprende a perder. Eu sei que a Dilma está na frente, ainda, nestas pesquisas duvidosas que estão sendo divulgadas por aí. Mas se a derrota vier para os Lulistas, como já veio de certa forma no primeiro turno, que seja admitida democraticamente e com respeito ao vencedor. A julgar pelas reações violentas durante a campanha, contudo, temo pelo pior: independentemente de quem vencer, bolinhas de papel, fita crepe e bandeirada na cabeça tendem a ser light para o PT pelos próximos quatro anos.

Friday, October 1, 2010

Tua ajuda fará a diferença!

Faltam apenas DOIS dias para as eleições

Obrigado a todos pelo empenho na campanha, que cresceu muito desde o seu início e que chega às vésperas da eleição com a chance real de vitória.

O sucesso da caminhada depende, agora, do teu esforço nesta reta final. Divulgue nossas ideias, encaminhe esta mensagem, indique-me como candidato a deputado estadual - a maior parte dos eleitores ainda não definiu seu voto,aproveite a oportunidade!

Tenho uma proposta decente para a política e, principalmente, de defesa dos valores básicos de qualquer sociedade desenvolvida: a Liberdade e a Democracia. Infelizmente, o que acompanhamos na política brasileira não nos permite dizer que tais valores estejam assegurados no país. Antes pelo contrário, vislumbramos dias muito nebulosos: sigilos fiscais quebrados, a imprensa sob risco constante de ser censurada e a hegemonia de um partido político de norte a sul do Brasil que defende e/ou patrocina tais absurdos, aliados à ineficiência e apatia de sua oposição, não permitem, hoje, muitos elogios à nossa democracia nem garantem as nossas liberdades individuais. O predomínio do politicamente correto e a cultura de passar a mão por cima da cabeça de quem infringe a lei devem ser combatidos em nome da clareza e da transparência. 

O progresso da sociedade através da educação, do trabalho e da garantia dos direitos fundamentais é nossa principal filosofia.


Filiei-me ao Partido Progressista de Ana Amélia Lemos (em quem voto para o Senado) porque acredito em suas bandeiras - na livre iniciativa, nas liberdades individuais (de imprensa, religiosa, de expressão e tantas outras), no direito de propriedade e na drástica redução do poder do Estado - hoje com uma máquina muito corrupta, inchada e ineficiente justamente devido ao seu tamanho.

Acesse meu site www.marcel11022.com.br para ler mais princípios de atuação do meu futuro mandato na Assembleia Legislativa Gaúcha.

Obrigado pela atenção! Multiplique seu voto! Envie esta mensagem a todos os seus contatos. PEÇA voto para o 11022! Tua ajuda fará a diferença!!
Abraços,
Marcel van Hattem