Friday, October 22, 2010

PT, aprende a perder

Voltando à atividade aqui no blog, agora tomara de forma mais continuada, quero comentar um pouco a campanha eleitoral nesta reta final para o segundo turno.

A vergonha é pública.

O desespero do Partido dos Trabalhadores - e, logicamente, em especial da sua alma, que é a militância - já não se pode mais medir em palavras. Agora, a medida é feita a pau e pedra, literalmente. O presidenciável José Serra, em entrevista ao Jornal Nacional, disse que os que o acusam de farsa o estão medindo com a régua deles e que de simulação, quem entende é o próprio PT.

É verdade.

Lembro de quando enfrentei os militantes do MST, Via Campesina e companhia na aprovação do Parque Tecnológico da UFRGS. A mesma coisa ocorreu comigo e com os estudantes favoráveis ao parque: a barbárie se instaurou face à inevitabilidade da aprovação. Fui agredido também, não apenas verbalmente, como fica claro nos vídeos que postei à época no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=R2XkJOvAvIw), mas também fisicamente. Enquanto eu dava entrevista à Record, me chutaram por trás, nas pernas, e eu cheguei a dizer ao repórter "estão me chutando aí atrás". Lógico, se eu fosse farsante - como é essa turma da baixaria e da vitória a qualquer custo -, eu teria feito aquilo que a politicalha de plantão faz: teria me atirado ao chão, me contorcido de dor, e conseguido uns bons minutos de fama na mídia.

PT, aprende a perder. Eu sei que a Dilma está na frente, ainda, nestas pesquisas duvidosas que estão sendo divulgadas por aí. Mas se a derrota vier para os Lulistas, como já veio de certa forma no primeiro turno, que seja admitida democraticamente e com respeito ao vencedor. A julgar pelas reações violentas durante a campanha, contudo, temo pelo pior: independentemente de quem vencer, bolinhas de papel, fita crepe e bandeirada na cabeça tendem a ser light para o PT pelos próximos quatro anos.

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