Eu estava fora do processo eleitoral para o DCE da UFRGS. Licenciado da diretoria da entidade desde que decidi candidatar-me a deputado estadual nas últimas eleições, preferi não retornar à gestão para cuidar dos temas da pós-campanha e de meus assuntos pessoais. Pela primeira vez em oito anos, permiti-me um tempo para "pensar na vida" fora de qualquer atividade de representação.
No domingo, porém, telefonou-me o presidente do DCE, Renan Artur Pretto, para comentar acerca da situação em que se encontravam as eleições. Alarmei-me com os aparentes disparates contados, que envolviam inclusive a reitoria da Universidade através de sua Secretaria de Assistência Estudantil, em um iminente processo de fraude eleitoral. Segundo Renan, os membros da Comissão Eleitoral oficial (sim, havia duas!), estavam perdendo o controle total dos rumos da eleição.
Após muito refletir se deveria mais uma vez envolver-me em tal disputa, decidi que entraria em campo ainda desta vez. A frustração com o que vi até a tarde de hoje foi imensa, e este post é uma
DENÚNCIA.
Edilson Nabarro, Secretário de Assistência Estudantil, é o responsável pela fraude histórica que a comunidade discente da UFRGS está assistindo neste exato momento. Secretário de Assistência Estudantil, filiado ao PT, Edilson foi designado pela reitoria para ser o "gestor" das eleições, que estão sendo realizadas desde segunda-feira em terminais eletrônicos (computadores). Para acionar a urna, é necessária a utilização de uma senha, previamente criada pelo Centro de Processamento de Dados da UFRGS, a ser inserida por um membro da comissão eleitoral no sistema.
Na segunda-feira pela manhã, quando os membros da Comissão Eleitoral chegaram ao CPD para receberem as senhas, elas lhes foram negadas pelo Sr. Edilson. Pior do que isso, é saber que elas foram disponibilizadas para ex-membros da Comissão Eleitoral vinculados à chapa 3, que haviam sido expulsos da Comissão Eleitoral por terem falsificado atas passadas. Há um vídeo na Internet em que Bernadete Menezes, presidente da ASSUFRGS e filiada ao PSol (foi candidata ao Senado aqui no RS), declara apoio à chapa 3 e diz que está "tudo certo" para as eleições após ter tido conversa com o Sr. Edilson.
Vendo que a situação saiu do seu controle totalmente, pois o mínimo era que a Comissão Eleitoral tivesse acesso a senhas para a abertura de urnas, ela acabou pedindo a suspensão do pleito, ontem à tarde.
Até agora a UFRGS não se pronunciou, apesar do caráter emergencial do pedido de suspensão - e o qual ela deveria apenas cumprir, imediatamente.
Eu estou cada vez mais chocado com o que está ocorrendo nesta que é a mais importante Universidade do Sul do país, e vou tornar uma cruzada pessoal minha o restabelecimento da Verdade e da Justiça neste processo, que está desmoralizando a instituição UFRGS e, mais uma vez, transformando as eleições para o DCE em uma gincana.
Em breve posto mais.
Wednesday, November 24, 2010
Thursday, November 18, 2010
Repercussão do alerta e outras observações
Meu artigo de ontem no Blog repercutiu em todo o Estado. Pelo Twitter, nos comentários no meu blog, no meu email, nos comentários à entrevista que concedi ao Políbio Braga demonstram que a possibilidade de o PP entrar no governo Tarso (PT) é rechaçada pela GRANDE maioria dos progressistas - e pela totalidade do eleitorado conservador gaúcho, defensor do Estado Democrático de Direito, da Democracia e das Liberdades Individuais.
Em relação ao que escrevi, gostaria de acrescentar ainda que foi resumida a lista das lideranças do PP que citei como inspiradoras para a minha entrada na política. Não poderia, porém, ter deixado de citar o escritor Percival Puggina, cujos textos me inspiraram muitíssimo e continuam inspirando. As lideranças locais do meu Partido, em Dois Irmãos, que também não se dobram ao PT, que hoje lamentavelmente comanda a prefeitura municipal, e o deputado estadual João Fischer, em quem dei meu primeiro voto para deputado estadual, também foram importantes na decisão de filiar-me ao PP.
Mesmo assim, o artigo já estava muito longo, e não caberia ali citar aqueles que continuam dando força para seguir militando no PP: Renato Molling, Francisco Turra, toda a juventude progressista, agora também Ana Amélia Lemos, e por aí vai.
Eu repito, porém, meu alerta - agora, ao PP nacional. Nosso partido está sem identidade, sem rumo. E isso desmotiva a militância. O PP tem que reunir seu diretório nacional, creio que o que ocorreu no RS pode se repetir, e é por isso mesmo que o Diretório não tem se reunido. Se aparecer um ou dois líderes capazes de demonstrar que o caminho para o PP é reafirmar seus princípios, creio que o próprio Diretório é capaz de determinar o fim ao apoio ao Governo Lula e à futura presidente Dilma, do PT.
Em relação ao que escrevi, gostaria de acrescentar ainda que foi resumida a lista das lideranças do PP que citei como inspiradoras para a minha entrada na política. Não poderia, porém, ter deixado de citar o escritor Percival Puggina, cujos textos me inspiraram muitíssimo e continuam inspirando. As lideranças locais do meu Partido, em Dois Irmãos, que também não se dobram ao PT, que hoje lamentavelmente comanda a prefeitura municipal, e o deputado estadual João Fischer, em quem dei meu primeiro voto para deputado estadual, também foram importantes na decisão de filiar-me ao PP.
Mesmo assim, o artigo já estava muito longo, e não caberia ali citar aqueles que continuam dando força para seguir militando no PP: Renato Molling, Francisco Turra, toda a juventude progressista, agora também Ana Amélia Lemos, e por aí vai.
Eu repito, porém, meu alerta - agora, ao PP nacional. Nosso partido está sem identidade, sem rumo. E isso desmotiva a militância. O PP tem que reunir seu diretório nacional, creio que o que ocorreu no RS pode se repetir, e é por isso mesmo que o Diretório não tem se reunido. Se aparecer um ou dois líderes capazes de demonstrar que o caminho para o PP é reafirmar seus princípios, creio que o próprio Diretório é capaz de determinar o fim ao apoio ao Governo Lula e à futura presidente Dilma, do PT.
Wednesday, November 17, 2010
Um alerta indignado contra a vergonhosa possibilidade de Aliança PP-PT no RS
Venho acompanhando, com muita preocupação e indignação, as notícias que, diariamente, têm saído na imprensa estadual gaúcha a respeito de uma possível aproximação entre o PP e o PT. A finalidade seria a montagem de um governo de coalizão ampla para que Tarso Genro possa governar com o apoio também dos nossos correligionários na Assembleia Legislativa.
Estou preocupado com tais tratativas, que ocorrem a boca pequena da parte dos nossos líderes, mas é alardeada pelo PT aos quatro ventos pela imprensa, porque elas demonstram a falta de compromisso reiterada do Partido dos Trabalhadores com a democracia. O PT não quer aliados para governar ou para construir um projeto político - quer subordinados, e para isso, lança mão das mais fisiológicas e interesseiras estratégias como o oferecimento de cargos no governo a progressistas, que claramente não tem afinidade ideológica com o projeto petista de poder.
Esta última observação leva-me a falar da minha indignação: filiei-me ao Partido Progressista, do Senador Hugo Mardini, que repetia na TV o bordão "chega de PT", ao PP das campanhas eleitorais de Celso Bernardi, que atacavam as invasões do MST sem meias palavras, do PP da oposição ao pior governo que este Estado já teve, não por acaso também do PT, de Olívio Dutra. Desde que me filiei ao Partido, em 2003, quando o via como alternativa séria de oposição ao governo Lula, a sucessão de dissabores com nossa legenda nacional foi homérica: aliança nacional com o PT depois de ter apoiado Serra para a presidência em 2002; conquista de um Ministério na Esplanada em troca de mais cargos; e, finalmente, apoio nacional à candidata oficial à presidência da República, Dilma Roussef, que enfrentou com armas o regime militar não para combater a ditadura, mas para defender a implantação de outra ditadura, de esquerda, em nosso país.
O PP do Rio Grande do Sul sempre demonstrou continuar afinado com a ideologia e princípios partidários, conservadores e de centro-direita, e tratou sempre o PT como oposição, apesar de a recíproca não ser verdadeira. Ou nos esquecemos que o PT sempre nos tratou na Assembleia não como adversários mas como inimigos a serem exterminados, destruídos, eliminados. Agora que o país ingressa em uma fase nova e obscura da sua história, incerta, com a hegemonia de um Partido no poder que tem vocação para medidas totalitárias (preciso citar os exemplos das tentativas de censura à imprensa, da proteção aos companheiros corruptos e o PNDH-3 para me fazer mais claro?), é o momento para o PP retomar suas bandeiras e defender com todo seu vigor a democracia e a liberdade em nosso país. Este movimento pode, inclusive, começar pelo Sul.
Constrange-me, porém, como filiado e liderança do Partido, ver a atitude vergonhosa, fisiológica e carguista de alguns companheiros. Se a opção é pelo pragmatismo, que sejamos claros: o PP não fará mais Política, (com P maiúsculo mesmo). O PP do RS, se ingressar no governo Tarso, pode estar fazendo qualquer outra coisa na esfera pública, inclusive com a ilusão de que no fim das contas trará mais benefícios à população com esta decisão. Mas certamente não estará fazendo Política, perdendo de vez o pouco de identidade que lhe resta - e, na sua esteira, o seu eleitorado mais fiel.
Entrei no PP para fazer Política, para defender nossas bandeiras. Fui candidato a Deputado Estadual por duas oportunidades, e os 14.068 votos que recebi contribuíram para que nossa bancada obtivesse a votação que obteve. Não vou compactuar com nenhuma decisão que afronte nosso Programa e nossos Princípios - e espero que neste mesmo sentido se pronunciem nossos Movimentos partidários, nossa Fundação, nosso Diretório e nossa Executiva Estaduais.
Trata-se de um último grito de socorro de um militante que vê seu partido ser tomado de assalto por ideias que vão aniquilá-lo perante seu próprio eleitorado, que vão esterilizar por completo o que ainda resta de idealismo em sua militância jovem e que estarão contribuindo para que ocorra em nosso país, nas palavras de um dos fundadores do próprio PT, Hélio Bicudo, um processo de mexicanização onde um único partido detém poder quase absoluto sobre os rumos da política.
Não nos enganemos: Tarso não quer governar com outros Partidos, em especial quando se trata de Partidos com Programas antagônicos ao Petista. Quer, como faz o PT nacionalmente, aniquilá-los, comprá-los, destruir toda forma de oposição. Isto não é mais democracia. Isto não é mais política. Espero, com sinceridade, que o PP gaúcho não caia no canto da sereia e se entregue de forma tão baixa, vil e contrária aos seus próprios princípios a estas ideias que, estou certo, não encontram respaldo na absoluta maioria de seus filiados.
Marcel van Hattem
Secretário Nacional da Juventude Progressista
Diretor Acadêmico da Fundação Tarso Dutra
Estou preocupado com tais tratativas, que ocorrem a boca pequena da parte dos nossos líderes, mas é alardeada pelo PT aos quatro ventos pela imprensa, porque elas demonstram a falta de compromisso reiterada do Partido dos Trabalhadores com a democracia. O PT não quer aliados para governar ou para construir um projeto político - quer subordinados, e para isso, lança mão das mais fisiológicas e interesseiras estratégias como o oferecimento de cargos no governo a progressistas, que claramente não tem afinidade ideológica com o projeto petista de poder.
Esta última observação leva-me a falar da minha indignação: filiei-me ao Partido Progressista, do Senador Hugo Mardini, que repetia na TV o bordão "chega de PT", ao PP das campanhas eleitorais de Celso Bernardi, que atacavam as invasões do MST sem meias palavras, do PP da oposição ao pior governo que este Estado já teve, não por acaso também do PT, de Olívio Dutra. Desde que me filiei ao Partido, em 2003, quando o via como alternativa séria de oposição ao governo Lula, a sucessão de dissabores com nossa legenda nacional foi homérica: aliança nacional com o PT depois de ter apoiado Serra para a presidência em 2002; conquista de um Ministério na Esplanada em troca de mais cargos; e, finalmente, apoio nacional à candidata oficial à presidência da República, Dilma Roussef, que enfrentou com armas o regime militar não para combater a ditadura, mas para defender a implantação de outra ditadura, de esquerda, em nosso país.
O PP do Rio Grande do Sul sempre demonstrou continuar afinado com a ideologia e princípios partidários, conservadores e de centro-direita, e tratou sempre o PT como oposição, apesar de a recíproca não ser verdadeira. Ou nos esquecemos que o PT sempre nos tratou na Assembleia não como adversários mas como inimigos a serem exterminados, destruídos, eliminados. Agora que o país ingressa em uma fase nova e obscura da sua história, incerta, com a hegemonia de um Partido no poder que tem vocação para medidas totalitárias (preciso citar os exemplos das tentativas de censura à imprensa, da proteção aos companheiros corruptos e o PNDH-3 para me fazer mais claro?), é o momento para o PP retomar suas bandeiras e defender com todo seu vigor a democracia e a liberdade em nosso país. Este movimento pode, inclusive, começar pelo Sul.
Constrange-me, porém, como filiado e liderança do Partido, ver a atitude vergonhosa, fisiológica e carguista de alguns companheiros. Se a opção é pelo pragmatismo, que sejamos claros: o PP não fará mais Política, (com P maiúsculo mesmo). O PP do RS, se ingressar no governo Tarso, pode estar fazendo qualquer outra coisa na esfera pública, inclusive com a ilusão de que no fim das contas trará mais benefícios à população com esta decisão. Mas certamente não estará fazendo Política, perdendo de vez o pouco de identidade que lhe resta - e, na sua esteira, o seu eleitorado mais fiel.
Entrei no PP para fazer Política, para defender nossas bandeiras. Fui candidato a Deputado Estadual por duas oportunidades, e os 14.068 votos que recebi contribuíram para que nossa bancada obtivesse a votação que obteve. Não vou compactuar com nenhuma decisão que afronte nosso Programa e nossos Princípios - e espero que neste mesmo sentido se pronunciem nossos Movimentos partidários, nossa Fundação, nosso Diretório e nossa Executiva Estaduais.
Trata-se de um último grito de socorro de um militante que vê seu partido ser tomado de assalto por ideias que vão aniquilá-lo perante seu próprio eleitorado, que vão esterilizar por completo o que ainda resta de idealismo em sua militância jovem e que estarão contribuindo para que ocorra em nosso país, nas palavras de um dos fundadores do próprio PT, Hélio Bicudo, um processo de mexicanização onde um único partido detém poder quase absoluto sobre os rumos da política.
Não nos enganemos: Tarso não quer governar com outros Partidos, em especial quando se trata de Partidos com Programas antagônicos ao Petista. Quer, como faz o PT nacionalmente, aniquilá-los, comprá-los, destruir toda forma de oposição. Isto não é mais democracia. Isto não é mais política. Espero, com sinceridade, que o PP gaúcho não caia no canto da sereia e se entregue de forma tão baixa, vil e contrária aos seus próprios princípios a estas ideias que, estou certo, não encontram respaldo na absoluta maioria de seus filiados.
Marcel van Hattem
Secretário Nacional da Juventude Progressista
Diretor Acadêmico da Fundação Tarso Dutra
Monday, November 15, 2010
Sobre o Português deste blog
Desculpem-me os chatos com erros de português, gramática, concordância etc. - também sou um deles.
Revisei rapidamente os posts anteriores e decidi mantê-los como estavam, mesmo que, principalmente em relação à linearidade deles, fiquem em dívida com nossa língua.
Os leitores têm contudo a promessa de que procurarei evitar escorregões indesculpáveis como erros ortográficos. De resto, boa leitura, descompromissada ou não.
Revisei rapidamente os posts anteriores e decidi mantê-los como estavam, mesmo que, principalmente em relação à linearidade deles, fiquem em dívida com nossa língua.
Os leitores têm contudo a promessa de que procurarei evitar escorregões indesculpáveis como erros ortográficos. De resto, boa leitura, descompromissada ou não.
A força do Twitter
O Twitter é a ferramenta mais revolucionária de comunicação dos últimos anos.
Quando estava nos EUA, no ano passado, eu ainda não tinha me dado conta 100% do seu potencial. Já havia criado uma conta e tinha visto na imprensa que o primeiro a ver o pouso do avião da US Airways no Hudson era um tuiteiro - e a partir daí, a informação se espalhou por todo o mundo. Contudo, apesar de ter plano ilimitado de internet no meu celular, continuava priorizando a leitura de notícias através dos "ultrapassados" feeds rss do Opera e utilizava a conexão celular-blog com muito mais frequência do que poderia ter utilizado o Twitter.
Hoje, estaria tuitando alucinadamente as frases ditas pelos professores em sala de aula, as palestras com embaixadores, ex-presidentes e outras lideranças mais, ao invés de preparar longos e extensos artigos para o blog.
É certo, porém, que a vontade de se tuitar está diretamente relacionada ao interesse dos seguidores em lerem o que é escrito - e, à época, não só eu tinha poucos followers como pouquíssimos brasileiros já haviam aderido à ideia de tuitar (muito menos, a entendido). E isso há apenas um ano e meio!
Hoje, não vivo sem o twitter, tanto para tuitar, como para ler tuítes de amigos e da imprensa. É certo que minha vida ficou ainda menos privada, mas who cares? Para quem se envolveu durante tantos anos diretamente com política (oito anos desde minha filiação ao PP e posterior eleição como Vereador da minha cidade), privacidade não é lá uma coisa com a qual eu esteja tão preocupado. Lógico, até certo nível.
Há poucos dias, no dia do meu aniversário, aliás, decidi não acompanhar muito o twitter e me dedicar a outras atividades. Limitei-me a ver a guia das replies e agradecer aos amigos que me desejaram feliz aniversário. À tardinha, acompanhei o clamor online que se tornara a prova do ENEM - e, já que tinha estourado pela manhã o assunto, decidi não comentar porque já era, na prática, uma "pauta velha".
A comunicação vive tempos totalmente diferentes, novos, revolucionários mesmo. Não sei o que pode vir depois do Twitter, mas acho difícil o reinado dos 140 caracteres não se manter por um bom tempo. Poder dizer, ao mesmo tempo, para todos os seus amigos aquilo que você sente, faz ou pensa diminui drasticamente a necessidade de telefonar, mandar sms, marcar reunião, escrever artigo de opinião e ainda dá a possibilidade de se ser respondido por alguém no instante seguinte.
140 caracteres podem não dizer tudo sobre você, mas a sua timeline e a sua página no Twitter revelam muito mais do que se poderia imaginar.
Quando estava nos EUA, no ano passado, eu ainda não tinha me dado conta 100% do seu potencial. Já havia criado uma conta e tinha visto na imprensa que o primeiro a ver o pouso do avião da US Airways no Hudson era um tuiteiro - e a partir daí, a informação se espalhou por todo o mundo. Contudo, apesar de ter plano ilimitado de internet no meu celular, continuava priorizando a leitura de notícias através dos "ultrapassados" feeds rss do Opera e utilizava a conexão celular-blog com muito mais frequência do que poderia ter utilizado o Twitter.
Hoje, estaria tuitando alucinadamente as frases ditas pelos professores em sala de aula, as palestras com embaixadores, ex-presidentes e outras lideranças mais, ao invés de preparar longos e extensos artigos para o blog.
É certo, porém, que a vontade de se tuitar está diretamente relacionada ao interesse dos seguidores em lerem o que é escrito - e, à época, não só eu tinha poucos followers como pouquíssimos brasileiros já haviam aderido à ideia de tuitar (muito menos, a entendido). E isso há apenas um ano e meio!
Hoje, não vivo sem o twitter, tanto para tuitar, como para ler tuítes de amigos e da imprensa. É certo que minha vida ficou ainda menos privada, mas who cares? Para quem se envolveu durante tantos anos diretamente com política (oito anos desde minha filiação ao PP e posterior eleição como Vereador da minha cidade), privacidade não é lá uma coisa com a qual eu esteja tão preocupado. Lógico, até certo nível.
Há poucos dias, no dia do meu aniversário, aliás, decidi não acompanhar muito o twitter e me dedicar a outras atividades. Limitei-me a ver a guia das replies e agradecer aos amigos que me desejaram feliz aniversário. À tardinha, acompanhei o clamor online que se tornara a prova do ENEM - e, já que tinha estourado pela manhã o assunto, decidi não comentar porque já era, na prática, uma "pauta velha".
A comunicação vive tempos totalmente diferentes, novos, revolucionários mesmo. Não sei o que pode vir depois do Twitter, mas acho difícil o reinado dos 140 caracteres não se manter por um bom tempo. Poder dizer, ao mesmo tempo, para todos os seus amigos aquilo que você sente, faz ou pensa diminui drasticamente a necessidade de telefonar, mandar sms, marcar reunião, escrever artigo de opinião e ainda dá a possibilidade de se ser respondido por alguém no instante seguinte.
140 caracteres podem não dizer tudo sobre você, mas a sua timeline e a sua página no Twitter revelam muito mais do que se poderia imaginar.
Big bang em São Paulo
Acabo de checar meu e-mail e percebi que recebi um HandBook para o evento promovido pela iClass - Associação de Ex-alunos do curso de Liderença da Georgetown University de Washington.
Parabéns aos organizadores, vai dar para tuitar muita coisa interessante durante o evento, que vai contar com palestrantes do setor público, privado e universitário.
Pretendo também realizar entrevistas com ex-colegas meus para postar aqui e acompanhar a evolução de seus projetos aqui no blog.
Parabéns aos organizadores, vai dar para tuitar muita coisa interessante durante o evento, que vai contar com palestrantes do setor público, privado e universitário.
Pretendo também realizar entrevistas com ex-colegas meus para postar aqui e acompanhar a evolução de seus projetos aqui no blog.
Buenos Aires - 1 (miscelânea)
Vim a Buenos Aires com a intenção de assistir ao show do Belle and Sebastian de hoje à noite. Uma das minhas bandas preferidas, B&S se apresentou também em São Paulo (10) e no Rio (12). Mas para os gaúchos é mais barato viajar a terras portenhas - e o ingresso que comprei (plateia VIP do afamado Luna Park, segunda fileira), teve exatamente o mesmo preço da admissão geral no show do Rio e foi metade do preço do cobrado para a Via Funchal.
Aproveitei a viagem para tirar uns dois dias de férias - e dei sorte! A Casa Rosada esteve ontem aberta para visitação do público e, como vocês podem ver em algumas fotos postadas no meu twitter, há uma exposição bem interessante de quadros presenteados por presidentes de diferentes países da América Latina à Argentina em comemoração aos 200 anos da Revolução de Maio. Uma curiosidade foi o quadro de Salvador Allende, presenteado não pelo presidente chileno Sebastián Piñera, mas pela ex-presidente socialista Michelle Bachelet - a única exceção, já que todos os demais foram dados por chefes de Estado, do presidente do Brasil, Lula, a René Preval, do pequeno Haiti, passando por Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Raúl Castro, Mujica, e outros. Vendo os nomes, aliás, não dá para não lamentar pelo futuro imediato da nossa região.
Já estive outras duas vezes na Cidade, mas sempre vale a pena dar uma chegada. A Feria de San Telmo, as empanadas buenairenses, as conversas à noite nos hostels com gente de diferentes partes do mundo, são sempre uma distração para o visitante. Aqui no Tango Inn, em que estou hospedado, acho que a metade dos hóspedes é de brasileiros. Australianos, chineses e um casal de mais idade francês também estão por aí. Como diziam os reviews do local no www.hostelworld.com, o barulho lá embaixo no bar vai até tarde da noite - mas para quem é jovem e não está lá tão preocupado em dormir durante a viagem não se trata de nenhum problema.
Vou dar uma volta no Centro agora, nas Calles Florida e Rivadavia. A expectativa para o show é grande. Ingresso na mão, mais algumas horas de espera e assistirei ao espetáculo por que há tantos anos já aguardava. Não sem antes dar uma volta, óbvio, no Puerto Madero e tentar me encontrar com minha amiga Magdalena Acuña, colega de curso de Liderança em Washington.
Aproveitei a viagem para tirar uns dois dias de férias - e dei sorte! A Casa Rosada esteve ontem aberta para visitação do público e, como vocês podem ver em algumas fotos postadas no meu twitter, há uma exposição bem interessante de quadros presenteados por presidentes de diferentes países da América Latina à Argentina em comemoração aos 200 anos da Revolução de Maio. Uma curiosidade foi o quadro de Salvador Allende, presenteado não pelo presidente chileno Sebastián Piñera, mas pela ex-presidente socialista Michelle Bachelet - a única exceção, já que todos os demais foram dados por chefes de Estado, do presidente do Brasil, Lula, a René Preval, do pequeno Haiti, passando por Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Raúl Castro, Mujica, e outros. Vendo os nomes, aliás, não dá para não lamentar pelo futuro imediato da nossa região.
Já estive outras duas vezes na Cidade, mas sempre vale a pena dar uma chegada. A Feria de San Telmo, as empanadas buenairenses, as conversas à noite nos hostels com gente de diferentes partes do mundo, são sempre uma distração para o visitante. Aqui no Tango Inn, em que estou hospedado, acho que a metade dos hóspedes é de brasileiros. Australianos, chineses e um casal de mais idade francês também estão por aí. Como diziam os reviews do local no www.hostelworld.com, o barulho lá embaixo no bar vai até tarde da noite - mas para quem é jovem e não está lá tão preocupado em dormir durante a viagem não se trata de nenhum problema.
Vou dar uma volta no Centro agora, nas Calles Florida e Rivadavia. A expectativa para o show é grande. Ingresso na mão, mais algumas horas de espera e assistirei ao espetáculo por que há tantos anos já aguardava. Não sem antes dar uma volta, óbvio, no Puerto Madero e tentar me encontrar com minha amiga Magdalena Acuña, colega de curso de Liderança em Washington.
Thursday, November 4, 2010
Obama vai à Ásia e visita aliados
Depois da derrota amarga sofrida pelos democratas nas midterm elections nos EUA, Barack Obama parte amanhã para a Ásia. Lá, ele visitará a Índia, a Indonésia, a Coreia do Sul e o Japão. No artigo do Washington Post de hoje, são apresentados como motivos da viagem do presidente americano à Ásia o estreitamento da relação comercial com estes países - o que o novo governo americano já tinha definido na fase de transição e que teve dificuldades para colocar em prática.
Em épocas de baixa popularidade na Casa Branca, desviar as atenções para fora do país é uma estratégia um tanto arriscada - sobretudo por se tratar a Índia uma grande competidora dos EUA justamente no emprego, já que por dominarem também o inglês e terem o seu custo de mão-de-obra menor do que o dos trabalhadores norte-americanos, os indianos são vistos pela população americana como seus concorrentes diretos. Obama terá de demonstrar aos americanos que a visita trará resultados práticos a eles. E isso significa também convencer seus compatriotas de que ao invés de competidora, a Índia e os demais países visitados vão auxiliar na recuperação da economia americana - e isso significa, na prática, gerando mais empregos para os americanos.
Por outro lado, há a característica simbólica da viagem: ao invés de visitar a China, cuja importância geopolítica e econômica tem crescido muito mais do que as das demais nações, Obama visitará países com sistemas democráticos e que tem sido aliados históricos dos EUA - buscando, também, promover os valores tão caros aos americanos, sobretudo os mais conservadores, da democracia e da liberdade. De especial interesse para a mídia e para o grande público será sua visita à Indonésia, país em que o presidente viveu durante quatro anos de sua infância e que é considerada uma das mais bem-sucedidas democracias em um país majoritariamente islâmico no mundo.
Seja frutífera ou não a viagem, uma coisa é certa: Obama vai à Ásia ainda saboreando o amargo gosto de uma derrota que vai lhe trazer grandes dificuldades na segunda metade do seu governo.
Acompanhe a matéria inteira aqui: http://wapo.st/d6sJUN
Em épocas de baixa popularidade na Casa Branca, desviar as atenções para fora do país é uma estratégia um tanto arriscada - sobretudo por se tratar a Índia uma grande competidora dos EUA justamente no emprego, já que por dominarem também o inglês e terem o seu custo de mão-de-obra menor do que o dos trabalhadores norte-americanos, os indianos são vistos pela população americana como seus concorrentes diretos. Obama terá de demonstrar aos americanos que a visita trará resultados práticos a eles. E isso significa também convencer seus compatriotas de que ao invés de competidora, a Índia e os demais países visitados vão auxiliar na recuperação da economia americana - e isso significa, na prática, gerando mais empregos para os americanos.
Por outro lado, há a característica simbólica da viagem: ao invés de visitar a China, cuja importância geopolítica e econômica tem crescido muito mais do que as das demais nações, Obama visitará países com sistemas democráticos e que tem sido aliados históricos dos EUA - buscando, também, promover os valores tão caros aos americanos, sobretudo os mais conservadores, da democracia e da liberdade. De especial interesse para a mídia e para o grande público será sua visita à Indonésia, país em que o presidente viveu durante quatro anos de sua infância e que é considerada uma das mais bem-sucedidas democracias em um país majoritariamente islâmico no mundo.
Seja frutífera ou não a viagem, uma coisa é certa: Obama vai à Ásia ainda saboreando o amargo gosto de uma derrota que vai lhe trazer grandes dificuldades na segunda metade do seu governo.
Acompanhe a matéria inteira aqui: http://wapo.st/d6sJUN
A volta da CPMF
A mais permanente das contribuições provisórias de toda a história da República ameaça ser reeditada - e pelas mãos da recém-eleita presidente Dilma Roussef. Lula fala literalmente, governadores embarcam na canoa e nós vamos, provavelmente, voltar a pagar sobre cada movimentação financeira uma taxinha básica. Com o apoio que Dilma terá no Congresso, se não aprovar, fica feio para ela. Se aprovar, fica feio para nós. Como para nós já tá feio de qualquer forma, prepare seu bolso!
"Nordestinos não são bestas como os paulistas" tá lá, no blog da Dilma.
Copio e colo aqui texto do blog do Reinaldo Azevedo, sobre a exploração dos dilmistas, pós-eleições, da infeliz declaração de uma paulista a respeito dos nordestinos. Ao invés de se contentarem com o rechaço público que a moça, com razão, sofreu (e, com razão, resultou inclusive em abertura de processo na OAB contra si), os petralhas aproveitam a onda para "dar o troco" nos paulistas - e nos serristas.
Infelizmente, os neodifamadores já contam, de antemão, com a certeza da impunidade das autoridades e da pequenez da oposição, que não tem uma voz capaz de denunciar o criminoso contra-ataque de preconceitos.
BLOG DA DILMA - “NORDESTINOS NÃO SÃO BESTAS COMO OS PAULISTAS”
Uma canalhice está em curso: associar afirmações infelizes, estúpidas, de uma moça no Twitter ao fato de ela ser paulista e ter declarado voto na oposição. A rede suja na Internet faz a festa. Como se pode notar, os carniceiros não se contentam com a vitória. É preciso depois fazer uma variante da limpeza étnica. Entre no Google, leitor, para ver quantas são as ofensas aos paulistas — não caracterizariam, também elas, uma variante de “racismo”, a exemplo, então, do ataque ao Nordeste?
Num desses blogs asquerosos, que apareceram na procura, o rapaz se mostra muito indignado com as declarações da tal moça e as associa, o que é criminoso, ao candidato da oposição. Um de seus comentadores não tem dúvida: “paulistas são idiotas”; para outro, “morrem todos de câncer” por causa de seus maus costumes… Evidentemente, isso não ganhará notoriedade por dois motivos: a)porque não existe, na chamada “oposição” ,uma máquina de propaganda destinada a transformar o “vitimismo” em categoria política; b) porque não ocorrerá ao presidente da OAB local propor uma ação para combater o “racismo” contra os paulistas.
Será o regionalismo cretino, com pretensões políticas, característica de um dos lados? E o que dizer desta página? Ela deixa alguém orgulhoso?
Esse blog nunca foi admitido como parte da rede oficial pró-Dilma, mas existe desde quye Lula deixou claro que ela seria a candidata. Tinha até uma janela destinada à arrecadação de recursos. Não contasse, no mínimo, com o assentimento da campanha, teria saído do ar.
O preconceito regional foi, sim, objeto de manipulação política na campanha eleitoral, mas a oposição não teve nada com isso. Facções do governismo, especialmente os blogueiros a soldo, é que tentaram associar a campanha da oposição a propostas que prejudicariam o Nordeste. Na fase da disputa interna entre José Serra e Aécio Neves, paulistas foram tratados como inimigos dos mineiros.
Não há nada mais atrasado, estúpido, ridículo mesmo, do que esse confronto entre regiões ou estados. São detestáveis os que secretam generalizações e preconceitos. E não menos detestáveis são os gigolôs que se oferecem, na Internet, para “proteger os ofendidos”, transformando uma manifestação individual, irresponsável, num grave delito coletivo ou partidário para que possam, então, se oferecer como salvadores de uma coletividade.
Curiosamente, os que reagem, em “nome dos nordestinos” às declarações idiotas feitas por um indivíduo acreditam, no fundo, que se trata de um “preconceito dos paulistas”. Seria o caso de perguntar: “Onde estão mesmo os preconceituosos”? Ainda volto ao tema.
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