Thursday, November 4, 2010

Obama vai à Ásia e visita aliados

Depois da derrota amarga sofrida pelos democratas nas midterm elections nos EUA, Barack Obama parte amanhã para a Ásia. Lá, ele visitará a Índia, a Indonésia, a Coreia do Sul e o Japão. No artigo do Washington Post de hoje, são apresentados como motivos da viagem do presidente americano à Ásia o estreitamento da relação comercial com estes países - o que o novo governo americano já tinha definido na fase de transição e que teve dificuldades para colocar em prática. 


Em épocas de baixa popularidade na Casa Branca, desviar as atenções para fora do país é uma estratégia um tanto arriscada - sobretudo por se tratar a Índia uma grande competidora dos EUA justamente no emprego, já que por dominarem também o inglês e terem o seu custo de mão-de-obra menor do que o dos trabalhadores norte-americanos, os indianos são vistos pela população americana como seus concorrentes diretos.  Obama terá de demonstrar aos americanos que a visita trará resultados práticos a eles. E isso significa também convencer seus compatriotas de que ao invés de competidora, a Índia e os demais países visitados vão auxiliar na recuperação da economia americana - e isso significa, na prática, gerando mais empregos para os americanos.


Por outro lado, há a característica simbólica da viagem: ao invés de visitar a China, cuja importância geopolítica e econômica tem crescido muito mais do que as das demais nações, Obama visitará países com sistemas democráticos e que tem sido aliados históricos dos EUA - buscando, também, promover os valores tão caros aos americanos, sobretudo os mais conservadores, da democracia e da liberdade. De especial interesse para a mídia e para o grande público será sua visita à Indonésia, país em que o presidente viveu durante quatro anos de sua infância e que é considerada uma das mais bem-sucedidas democracias em um país majoritariamente islâmico no mundo.


Seja frutífera ou não a viagem, uma coisa é certa: Obama vai à Ásia ainda saboreando o amargo gosto de uma derrota que vai lhe trazer grandes dificuldades na segunda metade do seu governo.


Acompanhe a matéria inteira aqui: http://wapo.st/d6sJUN

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