Friday, February 20, 2009

"Nosotros somos milagristas"

Beeck falou ainda sobre os desafios para a democracia na América Latina. "Eu costumava pensar que poderia abrir mão de um pouco de democracia se tivesse melhores resultados econômicos. Hoje, não abro mão da democracia de jeito nenhum. O caminho, então, é investir em educação para que a população saiba utilizar bem a democracia", disse. O problema, é que somos "milagristas". "Temos dificuldade em pensar no longo prazo. Por isso, precisamos criar uma cultura de valorização da estabilidade, que é o maior desafio da América Latina. Não quero que mudem as regras do jogo enquanto estou jogando ele".

E, mais adiante, disse preferir acordos bilaterais. "O Peru começou a buscar acordos bilaterais perguntando-se: 'com quem nos convém mais negociar?' Isso é mais importante que a integração da América Latina - e não adianta haver integração se não tivermos estabilidade, democracia e educação. E, nesse sentido, estamos andando para trás, sobretudo se vemos a geração que está se perdendo em um país como a Venezuela".

Sobre a crise econômica mundial, sua opinião é de que ela está aí por que a situação que a gerou foi muito mal conduzida. "Infelizmente, mesmo contra meus princípios, digo que o governo tem de interver na economia. Haverá uma inflação tremenda - espero que não -, mas não há outra saída", frisou, para encerrar dizendo que há uma falta de credibilidade atualmente em todo o sistema.

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